A empresa em que eu trabalho tinha um planejamento inicial de voltar ao modelo presencial assim que amenizasse a pandemia, porém, como a situação se arrasta sem saber quando terá fim, a diretoria está propondo criar um modelo permanente de home office. Mas, apesar de ter me adaptado bem ao trabalho remoto, essas mudanças têm gerado mais tensão e desconforto, pois parece que tudo está mais incerto do que realmente está. Passado um ano em que o home office teve que ser instalado de maneira compulsória, a avaliação no final é positiva?   

Ainda há um caminho de aprendizado a ser percorrido, para que se possa lidar com equipes em teletrabalho, adequando-se às formas de interação e as cobranças, mas no geral parece que esse ajuste vem sendo alcançado pela maioria das empresas. Mas a interação da gestão com os colaboradores precisou ser revista e adaptada. A dinâmica na rotina mudou e há quem relate o desconforto com a realização de reuniões para se resolver pequenas coisas que antes eram simples e também a exaustão de sentir que em casa se está trabalhando muito mais. 

Porém, passados um ano dessa experiência de estar em home office, já devíamos estar mais maduros nesse novo formato de trabalho, com resultados mais significativos, se é que de fato acreditamos que essa será uma tendência futura.

No entanto, em uma pesquisa realizada, percebemos que na dinâmica prática, pouca coisa mudou quando avaliados o conjunto das atividades e as relações com os líderes. Para 50% dos respondentes da pesquisa, a relação com os superiores permanece igual, 32,81% disseram estar melhor e somente 07,19% apontaram uma piora da relação.

Por isso, entendemos que o modelo home office tem tudo para ser uma tendência, porém, precisa se adaptar às dinâmicas que impõem mudanças em algumas relações e atividades.

É importante que a Gestão da Complexidade seja internalizada em todas as áreas da empresa e, em particular, na área de RH para que os processos sejam pensados dentro de estratégias elaboradas pelos líderes e colaboradores.