

O medo de amar e se decepcionar em um mundo líquido
Com alguma constância é possível se deparar com um número significativo de pacientes que chegam para o atendimento psicológico associando o amor ao sofrimento.
Com alguma constância é possível se deparar com um número significativo de pacientes que chegam para o atendimento psicológico associando o amor ao sofrimento.
As demandas do mundo moderno e o comportamento de uma ‘pseudo’ independência afetiva, leva cada vez mais pessoas aos consultórios de terapia.
Em um relacionamento tóxico, as atitudes podem ser explícitas ou sutis, o que é mais perigoso para a percepção das pessoas envolvidas que acabam entrando em um ciclo difícil de sair.
Projeções acabam sendo feitas naturalmente. Entretanto, é importante que os pais possam despir-se das velhas crenças e que tomem cuidado com suas idealizações nos seus filhos, desejando, claro, apenas vê-los felizes.
Homens e mulheres adotam diferentes estratégias de reprodução: mulheres valorizam parceiros capazes de investir recursos na prole, já para o homem, a questão mais importante é ter certeza que os filhos nos quais está investindo são seus.
A partir do momento em que o sujeito apreende o outro em seu todo, atingindo a sua dimensão espiritual, sua atitude se torna amor, ou seja, uma forma mais elevada do que o erótico. O sujeito amado não seria mais um tipo perfeito que pode ser trocado por outro similar, mas um ser único e insubstituível.
A responsabilidade afetiva diz respeito à honestidade e transparência em uma relação. Significa se responsabilizar pelo que se provoca no outro, não pela idealização e expectativa que o outro cria, mas pela forma como você transmite o que deseja, sem enganação e com muita reciprocidade e empatia.
A codependência afetiva é um padrão de vínculo disfuncional que se transfere para a maioria dos vínculos. Nesse processo, o desejo do outro é colocado em primeiro plano e torna-se mais importante do que seus próprios desejos.
Interessante perceber como o ser humano diz que deseja o equilíbrio, mas vive nos extremos. Principalmente nos últimos anos, após a entrada da pandemia, é perceptível o aumento de casos em consultório, e entre amigos, o envolvimento em relações extremas – busca pelo sexo compulsivo ou frenético, por quantidade de experiências, por tipos variados de parceiros e sexos performáticos.
A fantasia do homem ou mulher perfeitos, a busca pelo complementar, aquele que resolva nosso vazio interno, é tema diário em meu consultório e entre amigos. Em Sex Life, a trama acontece na vida de uma psicóloga, Billie Connelly e fala de muitas questões emocionais nas relações.
O luto das separações atinge a todos que decidem pelo divórcio. O medo de enfrentar o processo de negação, raiva, negociação, depressão e aceitação, pode levar diversas pessoas a optar por permanecer no relacionamento insatisfatório e não sair de um ciclo de sofrimento crônico.
Não há dados definitivos na literatura que permitam a clara diferenciação da natureza psicopatológica entre ciúme excessivo e amor patológico. Entretanto, estudo apontada para ambos a prevalência de uma infância marcada por inseguranças, ansiedade de separação e constante sensação de abandono.