Segundo a Associação Brasileira do Sono (ABS), um estudo feito junto com cientistas da USP e da Unifesp revela que 65,5% dos brasileiros sofrem de problemas relacionados ao sono. Insônia, estresse, ansiedade, depressão, insegurança, entre outros sintomas ajudam a população a ter um sono ruim.
Existem dois tipos de insônia: aquela esporádica, quando a pessoa tem crises de insônia em alguns momentos, ou ela acontece de tempos em tempos e a falta de sono dura alguns dias, dependendo do momento de vida que a pessoa está atravessando, sendo mais comum quando a pessoa está passando por algum momento de estresse. E existe também a crônica, quando o indivíduo realmente não consegue dormir por mais de três semanas.
Episódios muito frequentes
É importante avaliar se os episódios de falta de sono estão sendo muito frequentes. Se a pessoa acorda cansada, se não está tendo um sono reparador e se apresenta sonolência durante o dia, são sinais de que os problemas começaram a se agravar.
É importante para todas as fases da vida que se tenha um sono reparador. Dormir em torno de 8h por dia. Dormir bem também ajuda a fixarmos o aprendizado em todas as faixas etárias.
O sono é importantíssimo para o bom funcionamento do organismo. Um fator muito importante para a saúde do cérebro é a qualidade do sono. Ter um sono completo com todas as fases ajuda a memória. A fase REM aumenta a atividade cerebral, o que é essencial para a codificação de informações úteis.
Mais energia para os neurônios
O sono é um recuperador de energias. Ele ajuda a levar mais energia para os neurônios, promovendo as sinapses. Quando acontece a diminuição das sinapses (que é a ligação entre os neurônios), acontece a perda de memória, que é uma limitação na comunicação entre os neurônios. A falta de sinapse faz com que eles fiquem sem energia e comecem a morrer.
Uma noite mal dormida reflete no raciocínio e na dificuldade de se lembrar de coisas simples. Muitos acreditam que o idoso dorme menos. Mas isto não é verdade. Em média o idoso deve dormir entre sete ou oito horas por dia. Mas o idoso que dorme entre cinco/seis horas e tem a fase do sono profundo, também fica bem. Porém, se o sono for agitado, levantar muitas vezes para ir ao banheiro, por exemplo, o sono não será reparador.
Mulheres são mais afetadas
Mulheres costumam ter mais problemas com o sono no período da gravidez, pelo desconforto no final da gestação, e no período da menopausa, por conta de problemas hormonais.
Já os bebês é preciso investigar a causa do problema quando eles não conseguem dormir. As crianças pequenas podem ter algum problema físico que a impeça de respirar de forma adequada, algum desconforto digestivo que provoque dores abdominais ou até problemas neurológicos.
Normalmente, em uma criança saudável, é importante investigar também como está sendo a rotina dessa criança. Se ficar acordado até muito tarde, se dorme muito durante o dia. Qual o tipo de alimentação. É preciso que se estabeleça uma rotina e que as horas próximas ao horário de dormir, seja de tranquilidade e relaxamento.
Atenção às suas rotinas
Quem acorda constantemente durante a noite, normalmente está apresentando algum problema relacionado a apneia do sono, que ocorre quando a respiração é obstruída. A pessoa para de respirar durante alguns segundos por diversas vezes à noite. A apneia aumenta risco de doenças cardíacas, infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC).
Se todos os exames médicos foram feitos e não foram detectados problemas de saúde, as pessoas devem ficar atentas às suas rotinas. Evitar comidas pesadas próximo a hora de deitar, a ingestão de muito café ou refrigerante, bebidas alcoólicas e evitar o fumo, são algumas medidas que ajudam a ter uma boa noite de sono.
Devemos ter uma regularidade no horário para dormir e acordar. Antes de dormir, evitar assistir à TV, principalmente programas violentos ou que geram ansiedade. Mexer no celular ou no computador antes de deitar piora a qualidade do sono. Esses aparelhos emitem luz amarela que diminui a quantidade de melatonina, hormônio responsável por regular o horário de dormir.
Procure a causa e um especialista para tratamento adequado
É importante procurar um neurologista assim que o problema comece a afetar o dia a dia da pessoa.
Muitos profissionais possuem especialização na área do sono. Feito uma avaliação e descobrindo a causa do problema, a pessoa pode iniciar um tratamento multidisciplinar para combater a insônia, dependendo da origem.
Existe medicação específica, mas existe também uma mudança de hábitos e rotina que podem trazer resultados.
A pessoa que sofre de insônia deve descobrir o que está causando este sintoma.