A exposição à cannabis após cerca de cinco a seis semanas de desenvolvimento fetal foi associada a problemas de atenção, sociais e comportamentais, de acordo com os resultados.

Esses problemas continuaram quando as crianças atingiram as idades de 11 e 12 anos, aumentando o risco de problemas de saúde mental e uso de substâncias na adolescência.

Saúde do cérebro

Pesquisadores da Universidade de Washington em St. Louis utilizaram dados do estudo Adolescent Brain Cognitive Development (ABCD) em andamento , que reúne informações sobre o desenvolvimento e a saúde do cérebro em 12 mil crianças e adolescentes nos Estados Unidos.

Como parte do estudo ABCD, os pesquisadores mediram regularmente a estrutura e a atividade cerebral dos participantes usando ressonância magnética. Eles também coletam informações psicológicas, ambientais e cognitivas.

Cannabis na gravidez

O estudo encontrou apenas uma associação e não uma ligação de causa e efeito entre a maconha durante a gravidez e os resultados da saúde mental das crianças.

No entanto, o THC, que é a principal substância psicoativa da cannabis, pode atravessar a placenta e afetar potencialmente o desenvolvimento do cérebro, de acordo com pesquisas anteriores sobre o uso de cannabis na gravidez.

Números crescentes

Cerca de 3% das gestantes usaram cannabis em 2002, mas esse número cresceu para 7% em 2017. Esses números foram de 4,7% em 2018 e 5,4% em 2019, segundo a Pesquisa Nacional sobre Uso de Drogas e Saúde.

Números alarmantes e que precisam ser realmente estudados para uma melhor conscientização dos efeitos do uso da maconha na gravidez.

O estudo foi apoiado pelo Instituto Nacional de Abuso de Drogas dos EUA (NIDA) e foi publicado no JAMA Pediatrics.