Será que a pandemia pode afetar a nossa autoestima? E como evitar isso? Vai depender das escolhas que nós fazemos. O regulador da autoestima começa a apontar para o negativo, para os problemas, e com isso, nossa mente passa a associar com o que temos gravado no inconsciente que se assemelha às informações introjetadas.

O poeta Vinícius de Moraes disse numa de suas músicas: “tristeza não tem fim; felicidade sim”. A melodia ainda falava que “a felicidade é como uma pluma” que “voa leve” e “precisa que haja vento sem parar”. E é verdade. Para nos sentirmos felizes, precisamos fazer coisas que nos façam bem. Em consequência disso, mantemos nossa autoestima em alta.

Bem-estar emocional

Mas o que é a autoestima? É a consideração própria de amar a si mesmo, sempre buscando o bem-estar emocional. Nesse estado de paz interior, a pessoa se sente com potencial de aptidão mais fortalecido, fazendo de si alguém bom e “para cima”.

Ela tem um papel fundamental em nossas vidas, pois nos ajuda a valorizar mais a nossa existência em todos os sentidos e estar convencido de que conhecemos bem o nosso próprio “eu”. Com ela em alta, o indivíduo vibra positivamente adquirindo mais resistência. Dessa forma, consegue ter mais força de vontade para transpor as barreiras dos problemas diários com mais facilidade.

Baixa autoestima

Já a baixa autoestima, que é o contrário, traz grandes prejuízos para o corpo e, principalmente, para mente. Por exemplo, pessoas com baixa autoestima tem menos disposição para a prática de atividades físicas e algumas tendem a abusar do álcool. Além disso, faz com que tenhamos sentimento de incapacidade para nos defrontar com os desafios do cotidiano.

A baixa autoestima deixa a pessoa mais pessimista e negativa. Impede de alguém construir algo benéfico para si próprio. Em muitos casos, as pessoas buscam as bebidas alcoólicas ou outros vícios nocivos como fuga dos seus problemas, ou como subterfúgios para não encarar as dificuldades.

O resultado disso é que a confiança diminui, a pessoa passa a não pensar que tem tantas potencialidades e então a autoestima é automaticamente afetada. Para evitar isso, nutra a mente com coisas que aumentem as suas habilidades, para que possa acessar soluções criativas, tenha um planejamento diário do que você precisar aprender de novo, para potencializar o que você já tem de bom e melhorar o que ainda não tem tanta habilidade.

Estresse mental adicional

Os sofrimentos psicológicos atrelados à Covid-19 tendem a agravar a baixa autoestima nesse momento de isolamento social, pois, após décadas de negligência e subinvestimento em serviços de saúde mental, a pandemia de Covid-19 agora está atingindo famílias e comunidades com estresse mental adicional ocasionados pela perda de entes queridos, de empregos, pela restrição de movimentos em decorrência do isolamento, associado, muitas vezes, à uma dinâmica familiar difícil e medo pela incerteza quanto ao futuro.

Em muitos casos, elas tendem a desenvolver depressão, por ser uma doença de nível emocional com características relacionadas ao negativismo. Em outros casos, também podem levar ao estresse, possivelmente quando os problemas acumulam. Então, surge o sentimento de incapacidade, desencadeando desequilíbrio no Sistema Nervoso Central.

Em seguida, os diversos fatores decorrentes disso começam a afetar a saúde física causando distúrbios gastrintestinais, falta de ar por insuficiência respiratória, oscilações da pressão arterial, redução acentuada da libido e diminuição da imunidade, que pode acionar o gatilho para maiores riscos de infarto do miocárdio e AVC.

Sintomas relacionados

Os sintomas relacionados a baixa autoestima são bem característicos. Geralmente, inicia-se com o sentimento de medo, insegurança, dependência, raiva, agressividade, comodismo, sentimento de inferioridade, abandono, rejeição, frustração, humilhação e até vergonha.

Por esse motivo, é importante cuidar bem da nossa saúde mental para não cairmos na cilada da depressão causada pela baixa autoestima. Deixe de lado as preocupações e busque tempo para o lazer e para coisas que te façam bem. Isso dará mais força para a felicidade continuar em você.

A quarentena não está fácil para ninguém. Lidar com uma pandemia em que o isolamento social é a única forma de se proteger da doença pode gerar muita ansiedade e estresse.

Por tudo isso, nesse momento, é muito importante cuidar de você e da sua autoestima, para superar todos os desafios.

E MAIS…

Métodos para auxiliar a elevar a autoestima

Alguns métodos podem auxiliar a elevar a sua autoestima na quarentena:

1) Meditação: A meditação é uma prática milenar focada no autoconhecimento e relaxamento. Separando poucos minutos no seu dia para viver o presente e para prestar atenção na sua respiração você pode ter benefícios como relaxamento, aumento do foco, da criatividade e pode até te ajudar até com problemas como a insônia. O melhor da meditação é que você não precisa ter nada; apenas um lugar silencioso e força de vontade;

2) Exercícios Físicos: É comprovado cientificamente os benefícios da atividade física não só para o nosso corpo, mas para a nossa saúde mental. Por isso, separe um cantinho da sua casa para praticar algum exercício que você gosta: dançar, pular corda, yoga, alongamento ou até mesmo boxe;

3) Cultivar Hobbies:  Você gosta de fazer artesanato? Ou descobriu na quarentena que ama cozinhar receitas novas? Passando mais esse tempo com você mesma, você pode também descobrir algum hobbie novo que te traz felicidade e relaxamento. Lembre-se: a internet pode ser uma grande aliada nessa missão.