A sigla VUCA significa volatility (volatilidade), uncertainty (incerteza), complexity (complexidade) e ambiguity (ambiguidade). O cenário de um mundo VUCA afeta totalmente a competitividade entre as empresas. A cada dia percebemos que se tornou comum a obsolescência de insights tecnológicos, de práticas operacionais e de propriedade de conhecimentos.

RH estratégico

Hoje, é muito improvável que as organizações consigam manter vantagem absoluta diante da concorrência por cerca de 20 anos pelos meios tradicionais de patente ou outras restrições legais. Por outro lado, é possível criar essa mesma vantagem por meios alternativos, sendo que alguns estão intimamente ligados a um RH estratégico, focado no negócio.

Atualmente, uma empresa é capaz de criar um monopólio de duas décadas, mas isso só será construído por meio de várias vantagens competitivas curtas. Por exemplo, uma empresa que inovar em um produto ou serviço vai obter um monopólio de cerca de 6 meses. Durante esse período, a organização vai obter bons lucros. Quando a concorrência se aproximar, será necessário criar outro diferencial, capaz de garantir mais 6 meses de protagonismo no mercado.

Em outras palavras, um longo monopólio no mercado se dá em pequenos ciclos em um mundo VUCA. Esse é exatamente o modelo que empresas como Apple, 3M e Amazon vêm seguindo.

Vantagens competitivas

O RH tem um papel primordial na competitividade da empresa dentro da realidade VUCA. Algumas ações podem ser tomadas pelo setor para garantir a sobrevivência da organização diante das concorrentes.

O primeiro passo é o desenvolvimento de uma gestão experiente, capaz de conceituar, expressar e defender a cultura da empresa. Mais do que isso, uma cultura que consiga criar e sustentar pequenas vantagens competitivas deve ser muito ágil para aproveitar as oportunidades, encorajar a improvisação e experimentação de novos produtos, serviços e modelos de negócio.

As áreas devem trabalhar em colaboração para promover melhorias e aproveitar as chances que aparecem em mercados sob constante transformação.

Fluidez e flexibilidade

O segundo passo, é o ajuste das ferramentas organizacionais para serem consistentes, mesmo com as incertezas das mudanças. A configuração da força de trabalho deverá ser fluída e flexível. Métricas e recompensas vão necessitar de reavaliações constantes para refletir os ganhos das curtas vantagens competitivas. Além disso, o RH vai exercer um papel principal no fluxo de informações tanto de fora para dentro das empresas, como entre os departamentos.

E MAIS …

Operação importante e desafiadora

O RH precisa assumir e praticar a cultura necessária para sobreviver em um mundo VUCA. Em algumas empresas, o RH é visto como burocrático e resistente às mudanças.  Uma autoanálise honesta das competências individuais do RH e de suas capacidades será necessária para que o Recursos Humanos seja um modelo de credibilidade, capaz de apoiar e sustentar a cultura flexível exigida para a nova realidade.