Diante de um novo aprendizado, o cérebro humano promove o que cientificamente é denominado de plasticidade neuronal, e as novas tecnológicas virtuais e digitas, disponibilizadas no cotidiano, promovem cada vez mais, novas conexões cerebrais.
As tendências de novos aplicativos e dispositivos, tornam-se, cada vez mais acessíveis à palma da mão dos estudantes e professores.
Importante reconhecer, diante dessas necessidades digitais, que a escola, precisa estar nesse contexto dinâmico de aprendizagem, pois, é considerada, um ambiente “sagrado” para Educação, e necessita de renovação.
Protagonismo dos estudantes
Nos dias atuais é fundamental, se pensar em inovar o modelo de aprendizado escolar, refletindo como proposta, a transformação dos estudantes em protagonistas, autônomos dos próprios conhecimentos
Sabe-se que os “novos cérebros” são hiperconectados, complexos, intuitivos, porém, o maior desafio para os educadores é como atender às necessidades específicas e encantá-los por meio das novas tecnologias e metodologias de ensino híbrido, se a maioria das vezes as informações recebidas são obsoletas, para essas futuras gerações, pois muitas vezes, acabam não reconhecem o sentido e significado para aplicabilidade no cotidiano.
A escola, não pode apenas trocar os recursos didáticos e continuar com as aulas no modelo dos séculos passados, onde professor é o centro da ensinagem e o aprendente, o receptor da informação.
Quando o assunto é tecnologia, novas atitudes dos educadores precisam ser reavaliadas e adaptadas para atender as metodologias, denominadas de ativas, ou seja, o estudante, torna-se, responsável pelas suas trajetórias acadêmicas, e o professor, um orientador de possibilidades.
Transmissão de conteúdos
Precisa-se antes de tudo, rever os modelos escolares, diante da cultura da transmissão de conteúdos programáticos, do “copia e cola”, e da reprodução de informações sem oferecer possibilidades reflexivas, diante do conhecimento “enalatado”.
O ensino híbrido, ou blended learning é uma das maiores tendências da Educação do século XXI, essa proposta, promove um mix entre o aprendizado presencial e o on-line, ou seja, integrando a Educação à tecnologia, que vem permeando tantos os aspectos das aprendizagens dos estudantes e professores.
A sala de aula deixa de ser um “auditório”, onde somente, o professor disserta sobre os seus saberes relacionados aos conhecimentos pertinentes, e passa a ser um “laboratório” de possibilidades, onde todos têm o direito ao acesso das ferramentas digitais, para buscar assuntos inovadores que poderão e deverão ser orientados pelos docentes.
Na verdade, o estudante, investiga a informação, e por meio dela, navega em possibilidades para observar, analisar, refletir, criticar, podendo ter a oportunidade de desenvolver a metacognição e a curiosidade.
Aprendizagem híbrida
A escola ao escolher a metodologia por meio da aprendizagem híbrida, ou seja, nas modalidades presencial e a distância, usando as tecnologias digitais, por meio da plataforma on-line, precisa reconhecer que, por si só, essa metodologia, não garante a totalidade do aprendizado dos seus estudantes, mas, pode ser uma facilitadora desse processo ao permitir que o aprendente, encontre no ambiente digital, o que se precisa para ter uma visão global sobre o tema, e que possa aprender no seu ritmo, sem depender somente da explicação do professor.
Novos tempos, novas modalidades no ensino, novas possibilidades no aprender. E a principal função do Educador é a integração das informações sensitivo-sensoriais com o estado psíquico interno do seu estudante, no qual por meio da afetividade é construído um vínculo de confiança, além de estar atento às emoções e saber lidar com elas na sala de aula na resolução de problemas.
É preciso ressignificar a sala de aula
Diante dos novos tempos escolares é de fundamental relevância ressignificar esta sala de aula que deverá ser um espaço de encontro entre os conhecimentos diversos que permearão pela relação pedagógica, composta por “família – professor- estudante- conhecimento”, envolvidos em diferentes dimensões, entre as quais destacam: as de ordem afetiva, relacionadas às expectativas de cada um; às de ordem pedagógica, relacionadas aos recursos didáticos e diferentes metodologias de ensino que o professor poderá ter à sua disposição; e as de ordem epistemológica, relacionadas às características do conhecimento que se deseja ensinar. Todas essas dimensões estão envolvidas na tomada de decisões do professor e em suas ações, o que exige um trabalho de constante aperfeiçoamento.