De acordo com o neurocirurgião Bruno Burjaili, é possível que uma pessoa com Parkinson continue trabalhando normalmente caso sejam utilizados os tratamentos adequados. “A doença de Parkinson, apesar de não ter cura, possui uma série de tratamentos que podem atenuar bastante seus sintomas, permitindo que o paciente tenha muita autonomia no seu dia a dia”, complementa.
Segundo ele, grande parte das vezes, a pessoa que tem a doença consegue manter o seu trabalho com bastante proficiência e alta performance por meio do uso de medicamentos e terapias associadas, inclusive a cirurgia de marca-passo cerebral que tem se tornado cada vez mais popular.
“Claro, em alguns casos, é necessário que sejam feitas adaptações na rotina de trabalho do paciente para adequá-la à sua condição, pois existem vários trabalhos que exigem bastante precisão dos movimentos, mas são pequenas modificações que visam apenas a melhorar a qualidade de vida do paciente”, ressalta.
Acrescenta que, para isso, é importante que os sintomas sejam identificados precocemente e logo se dê início ao tratamento para evitar maiores complicações e minimizar ao máximo seu impacto no dia a dia do paciente. “É importante lembrar, também, que há casos de profissões que necessitam de esforços físicos que a doença não permite que sejam feitos e pode-se avaliar a possibilidade de receber direitos trabalhistas”, alerta.