Meu pai tem 88 anos. Não tem nenhuma doença diagnosticada e ainda é ativo, adora fazer palavras cruzadas e sempre leu muito. Sei que essas ações são boas para a qualidade do envelhecimento, mas ando preocupada, pois percebo alguns lapsos de memória simples, como não lembrar onde colocou as chaves ou repetir um assunto que já havia comentado. Há outras atividades que podemos estimulá-lo a fazer para continuar alimentando o cérebro de forma benéfica?  

Com o passar dos anos, nosso cérebro começa a envelhecer e manter uma mente ativa é super importante para a autonomia do idoso e melhor qualidade de vida. Algumas medidas simples ajudam, como ter uma alimentação saudável, se manter hidratado e praticar atividades físicas, mas sair da rotina também é uma boa forma de forçar o cérebro a trabalhar. Mudar os trajetos dos caminhos e fazer coisas diferentes estão entre dicas simples e valiosas. Além disso, manter uma vida social colabora para evitar a depressão, que é maléfica para a cognição. Rir, conversar, estar otimista perante a vida é muito importante.

Dormir bem também ajuda a fixar o aprendizado. Uma noite mal dormida reflete no raciocínio e na dificuldade de se lembrar de coisas simples. Muitos acreditam que o idoso dorme menos. Mas isto não é verdade. Em média o idoso deve dormir entre sete ou oito horas por dia. Mas o idoso que dorme entre cinco/seis horas e tem a fase do sono profundo, também fica bem. Mas se o sono for agitado, levantar muitas vezes para ir ao banheiro, por exemplo, o sono não será reparador.

Uma dica que vale para todos para ter uma boa noite de sono é procurar não assistir programas de TV que contenham cenas de violência e muita ação, evitar bebidas com cafeína e fazer uma refeição leve. Quem dorme pouco corre o risco de sofrer com o declínio cognitivo e a apneia do sono aumenta o risco de demência.