Como os pais podem estimular o desenvolvimento da cognição dos filhos?

Ajudar um ser humano a desenvolver cognição, tomar decisões, aprender a lidar com sentimentos e a “crescer” não é uma tarefa simples, mas uma atribuição dos pais ou outros cuidadores. O hipnoterapeuta e pai Pyong Lee passou a se aprofundar nos estudos sobre a criação dos filhos durante a gestação do seu primeiro e único filho, Jake Lee, que agora tem 2 anos. Segundo Lee, diversas atividades estimulam o desenvolvimento do cérebro da criança, entre elas, o ensino de uma língua estrangeira.

“Aprender uma língua estrangeira, mas não com origem ocidental, mas sim asiática. As maiores médias de QI dos seis maiores países do planeta são asiáticos, justamente pela língua e pela cultura. O cérebro se forma diferente, com a lógica de forma também diferente. Então, a importância de realmente incentivar o meu filho com novas línguas e principalmente na nossa cultura asiática/coreana vai desenvolver um cérebro mais evoluído, competente”, acredita.

Lee afirma que a criação de filhos é um tema muito importante em sua vida. Ele conta que, quando descobriu que seria pai, começou a estudar ainda mais a área que já dominava, que é a mente humana, o cérebro, a primeira infância, os comportamentos, traumas e tudo que já abordava dentro do universo da mente humana e da hipnose.

“A gente sabe que existem múltiplas inteligências, mas inteligência motora é algo que eu sempre prezei. Eu danço desde os meus 10 anos de idade, e a dança foi um elemento muito importante e fundamental na minha vida e que possibilitou praticar diversos esportes, como futebol, basquete, vôlei, handebol. E todos eles com muita habilidade e praticidade devido à inteligência motora que veio da dança”, relembra.

O hipnoterapeuta também diz que, quando se fala em criação de filhos e habilidades essenciais, não se pode deixar de citar a inteligência socioemocional. “Isso envolve a solução de problemas, resolução de conflitos, foco. Além de como lidar com o dia a dia, com as emoções, com os sentimentos e criar crianças fortes, que saibam lidar com as aflições e os problemas do mundo”, pontua.

Conforme ele, desde a gestação, é possível que a criança seja afetada por fatores e acontecimentos externos. “Trato vários tipos de transtornos e doenças psicossomáticas atualmente. Entre elas: depressão, ansiedade, fobias. Eu descubro na terapia que os primeiros traumas e a origem de problemas atuais na vida adulta vêm da primeira e da segunda infância. Principalmente, na primeira infância, geralmente com problemas com relacionamentos, pai, mãe, bullying e reflexos da criação de filho e de problemas da primeira infância, que repercutem na vida adulta, seja com 25, 30, 35 anos”, constata.

Ele observa que muitas pessoas imaginam que os problemas que surgem são decorrentes de alguma situação atual, como um estresse no trabalho, uma separação, o término de relacionamento ou qualquer outra coisa, o que nem sempre é verdade. Complementa que vão sendo acumulados muitas emoções negativas, problemas e traumas, até que uma hora isso transborda e o problema explode.

A partir disso, Pyong conclui falando sobre a importância de criar um filho saudável, com inteligência socioemocional, múltiplas inteligências e habilidades, assim como ele vem dedicando tempo de estudo e, sobretudo, tempo de qualidade com seu filho.

“O Jake passou por essas fases de gostar de cada área e agora ele está amando muito o sistema solar. Decorou todos os planetas, as sequências dos planetas, as características deles. Tudo isso é estímulo. Eu deixo o Jake ser criança, é óbvio. Ele vivencia as etapas. E, na prática ele, vai vivendo e a gente vai direcionando. É o estímulo e as crenças que você instala na cabeça dele que vão formar o adolescente/adulto do futuro”, finaliza.