Uma equipe de cientistas norte-americanos demonstrou que os fatores de risco cardiovascular apresentados ao longo da vida, especialmente no início da idade adulta, estão associados a um maior declínio cognitivo na idade avançada. O estudo foi realizado por cientistas da Universidade da Califórnia, Universidade de Pittsburg, Universidade de Columbia e Universidade Johns Hopkins.

“Nossos resultados sugerem que o tratamento desses fatores no início da idade adulta pode beneficiar a cognição na idade avançada”, dizem os autores em artigo publicado na revista científica “Neurology”. Porém, o tratamento na idade avançada pode não ser tão útil para esses resultados.

Teste neuropsicológico

O grupo avaliou trajetórias de índice de massa corporal, glicemia em jejum, pressão arterial e colesterol de diferentes grupos para testar a hipótese de que fatores ao longo da vida adulta estão associados a mudanças cognitivas na idade avançada.

Eles associaram a presença desses fatores na idade adulta precoce, na meia-idade e na velhice, com declínio na cognição global, a partir de um exame de estado mental e velocidade de processamento.

Foi aplicado um teste neuropsicológico, que é comumente empregado para rastrear danos cerebrais. O resultado foi que a massa corporal, a glicemia em jejum e a pressão arterial elevados (exceto o colesterol), em cada período de tempo, foram associados a maior declínio da cognição em na idade avançada.