Ouvir música em excesso pode estimular vícios?
Aquela chamada “música chiclete”, que não sai da cabeça e que a pessoa não consegue evitar ouvir várias vezes ao dia, pode estar estimulando alterações químicas no organismo e favorecendo a formação de vícios.
O cérebro, ao realizar atividades prazerosas, libera um neurotransmissor chamado dopamina, que atua no sistema nervoso, responsável pela sensação de bem-estar e prazer. Quando essa substância é liberada recorrentemente, conforme o indivíduo repete determinadas ações, ele começa a ter esse comportamento constantemente para sentir as sensações geradas pela dopamina.
A ciência já conhece a influência da música no cérebro, a utilizando em alguns tipos de tratamentos, como a musicoterapia, que aplica a música para realizar tratamentos complementares, sendo utilizada no tratamento de autismo e estimulando o aprendizado de crianças. Entretanto, a música em excesso pode atuar no funcionamento cerebral como um desencadeador de vícios.
Imagine um jovem que passa o dia nas redes sociais e que também passa parte do dia escutando música? Estamos falando do sistema de recompensa constantemente acionado, moldando o cérebro para essa condição. Condição do vício. Como há semânticas em nosso organismo, uma pessoa com gene facilitador para o vício pode encontrar nesse comportamento um gatilho para outros tipos de vício.
Ou seja, um vício que leva a outro vício. O vício por si só já é um problema desencadeador de outros problemas maiores. Nosso organismo precisa estar em equilíbrio para uma melhor saúde mental e física.