Esse ano, o tema da campanha é Informação Gera Empatia, Empatia Gera Respeito. E é exatamente isso que a sociedade em seu todo necessita – empatia e respeito. A campanha se estende pelo mês todo, o chamado Abril Azul.

O termo espectro passou a ser utilizado pela Psicologia para ilustrar as diversas manifestações que podem ser encontradas em cada indivíduo com autismo. Por isso, também, o termo Autismo no plural – Autismos – demonstrando tamanha profundidade.

Dados e estatísticas

A palavra Autismo tem origem do grego “autós”, significando “de si mesmo”.

O transtorno costuma ter maior prevalência no sexo masculino. No entanto, muitas vezes, pode aparecer no sexo feminino alcançando uma complexidade mais acentuada em seus sintomas.

Cerca de 70% a 80% dos casos de pessoas com autismo sofrem prejuízo quanto à sua capacidade intelectual.

Alguns podem apresentar uma inteligência muito alta, fora do comum – são casos, até o ano de 2014, denominados como Autismo de Alto Funcionamento.

Principais características

Suas principais características são: ausência de fala na idade esperada; falta de “respostas” a um sorriso, a um olhar ou a uma palavra; movimentos repetitivos e sem aparente função; andar nas pontas dos pés; mastigar objetos não comestíveis; interesses restritos; sensibilidade ao toque; isolamento social; ansiedade de separação de seus pais ou cuidadores; sono e alimentação com particularidades; dificuldades de aprendizagem etc.

Ainda com tantas deficiências, podemos afirmar que encontramos pessoas no espectro autista com inúmeras capacidades.

Crianças e adolescentes que recebem apoio das famílias, das terapias, das escolas e da sociedade de uma forma geral, ou seja, que recebem empatia e respeito, obtém grandes conquistas e adquirem um desenvolvimento espetacular.

Olhar de acolhimento

Para isso, alertamos a responsabilidade de todos ao seu entorno. Todos necessitam ter um olhar mais apurado, um olhar de acolhimento.

Quando temos amor pelo próximo, por nossa profissão, pelas pessoas, nos dispomos a estudar, a compreender e a aplicar teorias e práticas pedagógicas e terapêuticas mais apropriadas ao tratamento e a pessoa em questão!

Graças aos movimentos sociais que tomaram força durante a década de 1990, exigindo a socialização de cidadãos com deficiência, encontramos pessoas no espectro autista em diversas escolas, faculdades e áreas profissionais.

Garantia de direitos e tratamento

No entanto, ainda precisamos conversar sobre os conceitos de transtorno e inclusão, as leis que garantem seus direitos, as terapias que são mais indicadas para cada um, as adaptações escolares necessárias e a mediação escolar.

Lembrando sempre que não podemos ignorar que todos têm suas características como seres humanos.

Dizemos isso, pois, infelizmente, algumas pessoas parecem esquecer das particularidades de cada indivíduo, analisando-os, somente, pelo diagnóstico, deixando para trás a “alma”, o “todo” desse alguém com autismo.