Uma dica importante: os conhecimentos são construídos por meio da ação e da interação entre pessoas.

Aprendemos quando nos envolvemos ativamente no processo de produção de conhecimento, por meio da mobilização de atividades mentais e na interação com o outro.

A emoção, em suas diferentes manifestações, moldade e associada à razão, deve ser usada a favor da aprendizagem, pois o emocional e o racional fazem parte de uma mesma realidade, o desenvolvimento e o crescimento do ser humano.

Vínculo libertador

É fundamental destacar que o vínculo afetivo, que se estabelece entre o professor e o aluno, deve ter um caráter libertador e de confiança no cotidiano, com vista à aprendizagem significativa e, ainda, para combater o preconceito e os rótulos comuns presentes no ambiente escolar.

Em particular, o estudante aos poucos vai desenvolvendo sua identidade e, dessa forma, percebe-se diferente dos outros. Nesse processo, inicia uma caminhada em busca de integrar-se com os outros sujeitos com que convive. E a autoestima desempenha papel fundamental, pois o mais importante é aprender a aceitar-se com suas capacidades, limitações e potencialidades.

Contemporaneamente, a afetividade é vista como um processo interacional entre os aspectos orgânicos e sociais, que permite ao ser humano afetar e ser afetado pelos acontecimentos. Entretanto, na atualidade, diversos pensadores relacionam e ressaltam a importância da afetividade no processo de desenvolvimentos e aprendizagem do indivíduo. 

Em vista dessa análise pode-se afirmar que o aprendizado é, quase sempre, facilitado quando o individuo encontra-se bem emocionalmente e efetivamente ligado a quem o ensina.

Fatores indivisíveis

Atualmente, estudos e pesquisas evidenciam que corpo, emoção e razão são indivisíveis e não se separam mantendo-se integrados numa visão holística. O termo holismo tem origem no radical grego “Holos” que significa TODO. Na concepção holística, que otimiza a visão integrada do ser humano, devemos considerar a pessoa com ser indivisível e completo.

Assim, pode-se afirmar que a literatura declara que só existe aprendizagem onde há afetividade e a inteligência é modificada pelo sistema límbico (aspectos afetivo-emocionais da aprendizagem),  associando-se a várias outras funções (a perceptivo motora e a cognitiva, por exemplo) e também é percebida em diferentes regiões do cérebro.

E MAIS…

O desenvolvimento integral e a melhora da autoestima

A importância das emoções e o fortalecimento da afetividade na relação entre professor e aluno para que esse vínculo possa estimular o desenvolvimento integral e a melhora da autoestima.

Quando a afetividade está presente, professor e aluno sentem-se mais seguros, tornando as interações e a convivência em sala de aula mais agradável.

Feliz ano letivo escolar!

Referência:
Relvas, Marta P. Sob comando do cérebro. WAK Editora, 2015.