A busca por novas formas de lidar com as pessoas no ambiente corporativo tem se tornado cada vez mais relevante com a influência da nova era da administração e a evolução das tecnologias. “O que muitos gestores não sabem é que, com o auxílio da neurociência, é possível obter informações mais aprofundadas sobre o comportamento humano e utilizá-las em benefício das organizações. Com isso, a aplicação prática da neurociência no equilíbrio corporativo e bem-estar dos colaboradores traz uma nova ótica sobre como motivar e engajar equipes”, afirma o pesquisador Rafael Scodelario.

Um dos autores do artigo científico ‘Neurorh: aplicação prática da neurociência no equilíbrio corporativo e bem-estar de seus colaboradores’, publicado na Ciencia Latina – Revista Multidisciplinar, ele explica que a pesquisa busca analisar a importância da neurociência aplicada à área de recursos humanos (RH). Baseado na neurociência comportamental, o estudo oferece insights sobre como otimizar a produtividade e o desempenho dos colaboradores.

Rafael é corretor de imóveis e empresário no ramo imobiliário. Fundador e CEO do Grupo Escodelar e da Escodelar Inteligência Imobiliária, com três unidades em São Paulo e uma na Flórida, Estados Unidos, tem mais de 150 corretores associados e uma carteira com mais de 15 mil imóveis à venda e para locação. Também é pesquisador do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH).

De que forma a neurociência comportamental pode contribuir no ambiente corporativo?

A neurociência comportamental permite identificar padrões de comportamento e compreender como certas práticas podem impactar negativamente a produtividade, a motivação e o desempenho dos funcionários. Combinando técnicas inovadoras, é possível otimizar o ambiente de trabalho e melhorar a eficiência do colaborador. A adaptação às mudanças culturais é fundamental para a sobrevivência das organizações, e a neurociência oferece uma ferramenta de estudo e aplicação indispensável para o sucesso organizacional.

Qual o papel do RH nesse contexto?

A área de RH desempenha um papel estratégico ao utilizar novas metodologias e ciências disponíveis para aprimorar suas práticas. Com a neurociência comportamental, é possível criar um ambiente harmonioso e estimulante no qual os colaboradores se sintam valorizados e parte integrante da organização. Além disso, a neurociência pode ser empregada para aprimorar a seleção e contratação de talentos, reduzir o turnover (rotatividade de pessoal) e melhorar o clima organizacional.

Explique a compreensão do comportamento humano por meio da neurociência.

Com a neurociência, fica mais visível a compreensão do funcionamento do sistema nervoso e como ele pode ser relacionado com o comportamento humano, podendo oferecer conhecimentos e melhorias para o desempenho organizacional. O conhecimento do conjunto mente-cérebro-corpo ajuda a entender a estrutura do comportamento humano e, como consequência, a dinâmica organizacional.

A compreensão do comportamento humano por meio da neurociência é de extrema importância para que o RH atue de forma eficaz dentro da organização. Ao considerar as emoções, a personalidade e as motivações dos colaboradores, é possível estabelecer uma relação de confiança e criar um ambiente propício ao desenvolvimento e ao engajamento. A neurociência comportamental proporciona poderosas ferramentas que podem tornar o RH mais eficiente e assertivo em suas práticas.

Quais os possíveis resultados na prática?

A aplicação da neurociência comportamental no ambiente corporativo visa proporcionar um maior equilíbrio e bem-estar para os colaboradores, contribuindo para a produtividade e o sucesso da organização. E a compreensão dos mecanismos cerebrais e das emoções humanas permite o desenvolvimento de estratégias eficazes de gestão de pessoas, proporcionando um ambiente de trabalho mais saudável e estimulante. Isso oferece uma visão inovadora sobre como motivar e engajar colaboradores, proporcionando benefícios tanto para os indivíduos quanto para as organizações. A era da neurociência chegou para revolucionar a forma como lidamos com as pessoas no ambiente corporativo.