ESTUDO DE CASO

Quando fui convidada pela Eliana Tessitore para participar de uma Constelação híbrida, aceitei na hora.

Nunca tinha participado de uma e gostaria de entender como seria estar remoto com um grupo presencial.

Para além da confirmação de que a técnica terapêutica é, sim, muito eficaz também neste modelo de trabalho, foi incrível notar que não se perde absolutamente nada do vínculo com os participantes.

Constelação oculta

Toda Constelação feita em grupo é surpreendente: pessoas são diferentes e possuem distintas maneiras de lidar com suas histórias – e por isso é tão significativo passar por uma sessão como forma de apreender mais e mais sobre empatia.

Nesta, em específico, a terapeuta nos supreendeu por trazer uma constelação oculta, ou seja, sem um objetivo definido pelos participantes. Desta forma, tivemos ainda menos ideia do que iria acontecer.

Foi incrível – principalmente porque foi possível ver os processos de cura acontecendo indistintamente para cada uma de nós.

Mesmo depois de revelado o que estávamos constelando, no caso nosso ano de 2023, o caminho até ele foi profundo e muito respeitoso.

Sensações profundas

A mim, que sem saber, assumi o papel de 2022, pude sentir todo o cansaço e peso do ano em meu corpo inteiro. Sem ter ideia de que esse era meu papel, senti vontade de deitar e dormir infinitamente.

Sentia me arrastando e tendo de resistir à vontade de desistir da minha participação. Mas, do ponto de vista de quem se via na tela e tentando trazer para minha história o que eu estava vendo acontecer durante aquele processo, também entendi algumas das minhas posturas ao longo da minha vida pessoal e profissional, sobretudo no ano que passou. Tal qual um reflexo que bem representava minha sensação ao longo os anos, desde o início da pandemia.

Responsabilidade no processo

E essa é uma das grandiosidades da Constelação: gentilmente, ela nos mostra onde está a nossa responsabilidade por aquilo que estamos vivendo.

Eu já entendi o recado para que, neste ano de 2023, eu não termine me arrastando: estabelecer limites e ter autocuidado – sem perder o foco de onde quero chegar.

Que 2023 seja leve e com mais propósito para todos nós!