A pesquisa, publicada na Brain Sciences, testou como a meditação de monitoramento aberto – ou meditação que focaliza a consciência em sentimentos, pensamentos ou sensações conforme eles se desenvolvem na mente e no corpo – alterava a atividade cerebral de uma forma que sugere maior reconhecimento de erros.
As descobertas
As descobertas sugerem que diferentes formas de meditação podem ter diferentes efeitos neurocognitivos. Algumas formas de meditação fazem com que você se concentre em um único objeto, normalmente sua respiração, mas a meditação de monitoramento aberto faz com que você se sintonize internamente e preste atenção a tudo que está acontecendo em sua mente e corpo. O objetivo é sentar-se calmamente e prestar muita atenção para onde a mente viaja, sem ficar muito preso ao cenário.
Os participantes da pesquisa, que nunca haviam meditado antes, foram levados a um exercício de meditação de monitoramento aberto de 20 minutos, enquanto os pesquisadores mediam a atividade cerebral por meio de eletroencefalografia ou EEG. Em seguida, eles completaram um teste de distração computadorizado.
Atividade cerebral
O EEG pode medir a atividade cerebral no nível de milissegundos, o que possibilitou reunir medidas precisas da atividade neural logo após os erros em comparação com as respostas corretas. Um certo sinal neural ocorre cerca de meio segundo depois de um erro chamado positividade do erro, que está ligado ao reconhecimento consciente do erro. A pesquisa descobriu que a força desse sinal é aumentada nos meditadores em relação aos controles, demonstrando que apenas 20 minutos de meditação podem aumentar a capacidade do cérebro de detectar e prestar atenção aos erros.
A próxima fase da pesquisa será incluir um grupo mais amplo de participantes, testar diferentes formas de meditação e determinar se as mudanças na atividade cerebral podem se traduzir em mudanças comportamentais com a prática de mais longo prazo.