Nos últimos anos, a discussão sobre métodos de educar crianças tem ganhado destaque, especialmente no que se refere ao nível de rigidez ou permissividade de cada um.

Tal discussão ganha um tom de esclarecimento quando muitos pais têm se arvorado a implementar uma educação positiva, método que surgiu como uma alternativa à educação violenta, opressora e silenciadora.

Segundo a educação positiva, práticas como castigos, ameaças, gritos e uso de força física devem ser abandonadas. No entanto, tal linha não inclui a permissividade como característica.

Crianças precisam de limites

Precisamos evitar o autoritarismo, mas sem esquecer que as crianças precisam de limites, pois não têm maturidade para gerenciar suas vidas com bom senso.

Na educação positiva, adultos precisam guiar as ações das crianças através de referências, de maneira respeitosa e não violenta.

É possível manter um diálogo sem renunciar às regras. Na hora do dever de casa, por exemplo, podemos permitir que um pré-adolescente ligue o som para ouvir música enquanto faz as tarefas da escola.

Não havendo essa base da filosofia do respeito ambiente familiar dificilmente o aluno agirá da forma correta na escola.  

Como acontece a educação permissiva

Muitas vezes, preocupados em não desagradar os filhos, alguns pais evitam embates, permitindo certas atitudes, criando indivíduos sem resiliência.

Diante da desobediência, uma coisa é gritar e bater (educação agressiva), outra é acolher seu choro, sua raiva, dar um abraço e manter a posição inicial.

E MAIS…

Orientações para evitar

– Construir uma noção de autoridade afetuosa e serena.

– Mostrar que as regras são para o bem do filho. A criança deve enxergar os pais como um guia, e essa consciência começa a se formar a partir dos 4-5 anos. Até essa idade, é importante não mudar as regras após um choro ou reclamação.

– Oferecer colo e carinho, mas manter a regra. A combinação de atitudes aparentemente contrárias (acolher e ser firme) ajuda a criança entender e aceitar regras e limites. É crucial que a criança se sinta protegida e segura, mesmo sabendo que as regras não serão modificadas.

– Utilizar a educação positiva, que é uma abordagem baseada no respeito mútuo, no encorajamento e no estabelecimento de vínculos emocionais saudáveis entre pais e filhos. Promove o respeito e a empatia, mas sem renunciar à autoridade e às regras. É um equilíbrio delicado que, quando bem aplicado, forma indivíduos mais resilientes e preparados para os desafios da vida.