A perda de um animal de estimação pode ser uma experiência devastadora. Os pets ocupam cada vez mais um espaço afetivo profundo na vida de seus tutores, sendo considerados membros da família. Quando eles partem, seja por idade, doença ou de forma repentina, deixam um vazio difícil de preencher.

Quem trabalha na área da saúde animal também precisa lidar com a perda dos bichinhos de estimação. Conforme o médico veterinário Flávio Nunes, existem estratégias de suporte e autocuidado para lidar com esse processo tanto para tutores quanto para profissionais da área.

Flávio também é neuropsicopedagogo, arteterapeuta, educador, mestre em ciências ambientais, especialista em educação, neuroaprendizagem, comportamento humano, intervenção análise do comportamento aplicada (ABA) e altas habilidades/superdotação. Seus interesses acadêmicos abrangem etologia, neurodiversidade, criatividade, inovação e cultura colaborativa.

Fale sobre o luto relacionado à perda de um pet.

O luto por um pet é real e pode ser tão intenso quanto a perda de um ente querido humano. No meio clínico, essa dor também afeta os profissionais que, além de cuidar da saúde dos animais, precisam lidar com o sofrimento emocional dos tutores e o impacto psicológico do fim da vida dos pacientes.

O luto, portanto, não afeta apenas os tutores. Veterinários, estagiários e auxiliares convivem constantemente com doenças e despedidas. Essa exposição contínua pode causar fadiga por compaixão e desgaste emocional. Por isso, também é necessário cuidar de quem cuida.

Quais são as emoções e reações físicas envolvidas?

A morte de um animal pode desencadear uma série de sentimentos, como tristeza, culpa, raiva, ansiedade e até sintomas físicos, como insônia, fadiga e alterações no apetite. Cada tutor reage de forma única, dependendo da intensidade do vínculo, das circunstâncias da perda e do suporte que possui ao redor.

Como devem agir os profissionais da saúde animal nesses momentos?

Usar uma linguagem sensível, oferecer privacidade na despedida e até enviar um cartão de condolências pode fazer diferença.

De que forma é possível trabalhar esse luto?

Tanto para tutores quanto para profissionais, enfrentar o luto requer empatia, tempo e suporte. Validar a dor, oferecer apoio e estimular o autocuidado são atitudes fundamentais para atravessar esse momento de forma mais leve.