Pelo ritmo intenso da vida cotidiana das pessoas, o desenvolvimento das cefaleias ao longo do tempo se torna mais propenso. Popularmente chamada de dor de cabeça, vários fatores podem influenciar na evolução do quadro clínico de cefaleia. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 90% da população já teve, tem ou terá desenvolvido algum sintoma da doença.

Cefaleias primárias e secundárias

Na literatura médica existem cerca de 200 classificações diferentes para dores de cabeça, sendo as mulheres grupo vulnerável com mais disposição para adquirir cefaleias por conta das variações hormonais, principalmente no período menstrual. As cefaleias primárias são aquelas que não são provocadas por outras doenças e cujas causas ainda não estão bem esclarecidas como enxaqueca, enxaqueca com aura, estresse e tensão. As cefaleias secundárias são as dores de cabeça provocadas por outras doenças, como tumor, aneurisma, otite, sinusite e problemas na coluna.

Geralmente, as cefaleias primárias duram cerca de 48 horas e seus sintomas são progressivos, começando aos poucos e piorando ao longo do tempo e não dependem de uma outra condição ou doença. Além das dores de cabeça, a cefaleia primária pode provocar enjoo, vômitos ou perda parcial da visão.

Alteração no cérebro

Já as cefaleias secundárias podem ser provocadas por ordem progressiva ou originadas por outras doenças, sendo o tumor a mais comum em dores de cabeça mais progressivas. Esse tipo de cefaleia não melhora com o tempo e duram mais de 48 horas. Neste caso, é necessário ter atenção e um acompanhamento mais profundo do problema.

É necessário avaliar o histórico familiar do paciente porque ele pode ter uma pré-disposição no desenvolvimento de uma cefaleia. Muitos pacientes contam com algum tipo de alteração no cérebro e precisam ser investigado. O tratamento profilático com medicamentos é recomendado para casos mais complexos, quando a frequência da dor é muito intensa e deve ser acompanhada por um médico.

E MAIS…

Mudança de hábitos

A OMS alerta que o brasileiro gasta mais de R$ 2 milhões na compra de remédios para dores de cabeça, mas mudanças na sua rotina podem melhorar a qualidade de vida da população. “Hábitos simples podem ajudar a evitar que as cefaleias sejam um problema. Se uma pessoa tem uma vida saudável com prática de atividades físicas, alimentação balanceada, dorme bem e evita o tabagismo, ela diminui a chance de contrair qualquer tipo de dor de cabeça”, diz o médico André Lima.