Problemas com a falta de memória têm sido uma queixa comum em meu consultório e gostaria de compartilhar isso para esclarecer questões sobre o envelhecimento da população e a diferença entre falta de atenção que acontece entre os jovens. Sabemos que o estresse afeta a memória, mas quais são os vilões? Quando é que um problema de memória representa uma doença mais grave?

Quando começa a interferir na qualidade de vida do paciente e de seus familiares. 

Realmente tem aparecido muitos jovens com queixa de perda de memória nos consultórios. Porém o que temos visto muito, são pessoas que tem apresentado desatenção, como consequência de ansiedade. Pois nesse mundo atual, fazemos muito mais coisas ao mesmo tempo, assim, passando alguns fatos despercebidos. O uso da tecnologia móvel tem contribuído muito para isso. 

Uma diferença importante entre esquecimento de falta de atenção é: Esquecimento é aquilo que já entrou na sua memória e por algum motivo, você esqueceu. Desatenção é aquilo que nem entrou na sua memória e você pensa que entrou. 

O estresse e a ansiedade, tem atrapalhado muito a questão da Memória e da Atenção. Outro vilão da memória é o “sedentarismo mental”. A pessoa fica sempre na mesma rotina todos os dias e não “exercita” seu cérebro. 

Interferência da menopausa

A menopausa também pode interferir no cérebro, por questões hormonais. Geralmente quando a mulher entra na menopausa, ela começa a diminuir a velocidade das suas atividades intelectuais. A junção do sedentarismo físico e diminuições hormonais, faz com que as mulheres fiquem pior em relação a memória. Porém isso tem mudado nos dias atuais, com as mulheres trabalhando fora, até com mais idade e também com os avanços na reposição hormonal. 

Benefícios de bons hábitos

A Alimentação tem grande contribuição da memória. Pois além da reposição dos nutrientes, tem a questão de uma boa alimentação evitar doenças maléficas ao cérebro, como Hipertensão Arterial e Diabetes. A atividade física tem um papel muito importante na memória. Pois com a atividade física, é possível manter o fluxo de sangue sempre adequado para o cérebro (e para outros órgãos também).