Uma guerra pode ser um gatilho para o desenvolvimento de diversas doenças mentais, principalmente para as pessoas diretamente impactadas segundo o psiquiatra Flávio Nascimento. “Conflitos dessa magnitude podem ser muito prejudiciais à saúde mental dos habitantes da região, familiares de outros países, pessoas que possuem alguma ligação ou nacionalidade de algum dos países envolvidos etc., podendo desencadear distúrbios como ansiedade, depressão, insônia, esquizofrenia e estresse pós-traumático”, explica.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), um quinto das pessoas que vivem em zonas de conflito armado sofre com algum distúrbio relacionado à saúde mental, uma proporção cerca de três vezes maior do que a média da população mundial. “Esse tipo de situação mexe bastante com o psicológico de uma pessoa, podendo afetá-las de formas diferentes, variando desde insônia a sintomas psicóticos”, complementa.
Por isso, segundo o psiquiatra, é essencial que haja um acompanhamento profissional para pessoas resgatadas de zonas de guerra, para familiares e até mesmo pessoas que vivem longe do centro do conflito, mas que se sentem afetadas pelo medo de alguma forma”, afirma.