De acordo com o estudo “Relação entre espiritualidade/religiosidade e violência: investigação em uma amostra populacional brasileira”, a partir do momento em que a religiosidade reduz o consumo e a dependência do álcool, ela também diminui os índices de violência, principalmente a doméstica.
De acordo com a autora do estudo, a fisioterapeuta Juliane Piasseschi de Bernardin Gonçalves, religiosidade é aqui entendida como um sistema de práticas de crenças e rituais que o ser humano se utiliza para alcançar o seu sagrado. Já a espiritualidade é vista como uma forma mais pessoal de alcançar esse sagrado, ou seja, sem a necessidade de pertencer ou seguir uma doutrina específica.
Feito com 4.607 brasileiros com 14 anos ou mais, 90% dos participantes tinham afiliação religiosa e 80,9% a consideraram “muito importante para suas vidas”. Ter afiliação religiosa associou-se significativamente a desfechos menos violentos, enquanto a importância atribuída à religião esteve associada apenas a menos brigas.
A afiliação religiosa também apresentou associação com menos brigas e detenção policial, mas não com menos violência doméstica. Por outro lado, a importância da religião também foi significativamente associada a menos envolvimento em brigas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, estima-se que mais de 1,3 milhão de pessoas morram a cada ano em decorrência da violência, considerada a quarta causa de morte entre pessoas de 15 a 44 anos.
Fonte: Jornal da USP