Pesquisa publicada na revista científica Personality and Individual Differences (Flakus et al, 2021), investigou a relação entre ser inteligente e ser amado. Alunos do Ensino Médio de uma escola polonesa foram testados usando um teste de inteligência padrão (Matrizes Progressivas de Raven) e também solicitados a indicar quais outros alunos eles gostaram mais de sua classe. Essas medidas foram tomadas três vezes (durante o primeiro mês de escola, depois de três meses de escola, quando eles começaram a se conhecer e após 12 meses de escola).

Contrastes de comportamento

Os resultados do estudo indicaram que os alunos inteligentes eram mais apreciados pelos seus colegas. No entanto, eles também tendiam a gostar de menos pessoas do que alunos menos inteligentes. Especificamente, os alunos inteligentes tinham a tendência de gostar apenas de outros que eram tão inteligentes quanto eles, mas não de pessoas com inteligência inferior. No entanto, com o tempo, a importância da inteligência na construção de relações sociais diminui e outros fatores se tornaram mais importantes.

Em contraste, o efeito de alunos inteligentes gostar apenas de outros que eram igualmente inteligentes permaneceu significativo ao longo do ano, o que pode fazer com que alunos inteligentes sejam vistos como isolados por outras pessoas. Ou até mesmo resultar em desrespeito social. Isso pode se tornar problemático – se, por exemplo, os alunos inteligentes estão sendo vistos como arrogantes.