Às vezes, o desejo pelo corpo perfeito pode ser mais do que um desejo. Da mesma forma que comer além do normal para compensar sentimentos também pode não ser saudável. Os distúrbios alimentares podem ser originados de hábitos alimentares que causam danos à saúde, como a redução extrema ou consumo em excesso de alimentos.

Uma pesquisa feita pela Associação Americana de Psiquiatria (APA) revelou que cerca de 1% da população mundial, o que corresponde a quase 70 milhões de pessoas, sofre com algum tipo de transtorno alimentar.

De acordo com a nutricionista e educadora física Dani Borges, os distúrbios alimentares são comuns na adolescência e no começo da adulta.

“Transtornos alimentares são problemas graves de saúde pública e precisam ser encarados como isso. Pessoas com depressão, ansiedade e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) estão propensas a um distúrbio alimentar, mas as demais pessoas não estão imunes a esses problemas. Por isso, é tão importante ter acompanhamento nutricional e controlar os hábitos alimentares”, diz.

Entre os fatores de risco, estão: culto excessivo ao corpo, maus hábitos alimentares, distorção da imagem corporal, autoestima baixa, sentimento de culpa, questões hormonais e distúrbios emocionais. Tudo isso está ligado às seguintes condições: saúde psicológica, sociocultural, biológica e genética.

Dani também afirma que os tipos de distúrbios alimentares mais registrados atualmente são: anorexia nervosa, bulimia nervosa, transtorno de compulsão alimentar, hipergafia, ortorexia, síndrome de pica (alotriofagia), transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP) e vigorexia.

“É preciso cuidar da mente e do corpo de forma prioritária sempre. A nossa saúde mental fala muito sobre os nossos hábitos alimentares. Por isso, observe seus sintomas, procure um profissional e comece a se tratar”, finaliza.