Por que as pessoas sentem tanto a morte de alguém que não conhecem, como é o caso da rainha Elizabeth?

Os seres humanos formatam engramas – que são memórias do que pensamos, vemos e sentimos – de forma mais íntima. Quando uma pessoa é famosa, formamos esses dados com base na repetição, consolidando e reforçando esses engramas de maneira mais convicta.

Quando a pessoa é famosa e admirável, essas marcas mentais são formatadas com a influência de bons sentimentos, o que está vinculado a uma boa lembrança. Quando ela morre, sentimos como se a conhecêssemos pessoalmente, pois reforçamos essas memórias sobre ela com influência positiva. E, de certa forma, a conhecemos, do jeito que a moldamos, às vezes sem defeitos, como algo intacto de quase perfeição.

Quando vemos uma pessoa fisicamente, ela fica armazenada na memória com intensidade diferente de quem vemos apenas pelas telas. Mas o reforço e o sentimento depositado moldam a memória de maneira diferente, e o impacto do luto pode ser similar a depender da importância que se deu àquela pessoa.

O que distingue é a racionalidade sobre ter contato físico ou não, mas o sentimento varia pelas circunstâncias sobre a pessoa e sobre a própria personalidade de quem sente em relação ao quão emotiva é pelas próprias variáveis individuais.