De acordo com pesquisas recentes, atletas que tem estilo atributivo pessimista demoram mais a se recuperarem de lesões, bem como demoram mais a voltar a alcançar um bom desempenho. Isto ocorre porque os atletas otimistas possuem uma atitude proativa diante das dificuldades e enfrenta, os desafios de frente. Os pessimistas, por sua vez, paralisam diante das dificuldades e demoram mais a se recuperar dos problemas.

P+ e TCC fazem a diferença

Quando competência técnica, nutrição, condicionamento físico e outras variáveis se encontram equiparadas entre os atletas de nível olímpico, as técnicas em Psicologia Positiva e Terapia Cognitivo Comportamental podem significar a diferença entre a vitória e a derrota.

O estilo explicativo ou atributivo pode ser definido como a forma que explicamos para nós mesmos as coisas que nos acontecem. O estilo atributivo é formado até os sete anos de idade, mas pode ser modificado. Ele pode ser otimista ou pessimista. Ele determina se o indivíduo pode se tornar desamparado ou proativo diante das dificuldades.          

Indivíduos com estilo atributivo otimista interpretam os acontecimentos de maneira contrária ao pessimista, portanto um evento negativo é interpretado externo a ele (outras pessoas ou circunstâncias), específico (só nessa situação) e temporário (só dessa vez) e um evento positivo como pessoal, abrangente e permanente.

Otimista versus pessimista

O pessimista dá mais ênfase aos resultados negativos na determinação das explicações. A pessoa com estilo atributivo pessimista fica orientada para o passado, enquanto a otimista está envolvida com o presente e orientada para resultados positivos no futuro.

O otimismo aprendido tem raízes no ambiente ou na aprendizagem. Nesse contexto, pais promotores de ambiente seguro e coerente desenvolvem o estilo otimista em seus filhos, servindo como modelos de referência.

Outra hipótese explicativa para o otimismo ou o pessimismo desenvolvido nas crianças é a crítica dos adultos, significativamente importantes, como a realizada por pais, professores e outros adultos significativos. As crianças acreditam nas críticas recebidas e usam-nas para formar seu estilo explicativo.

Restruturação do pessimismo

A boa notícia é que é possível identificar e mudar o estilo atributivo através de um trabalho focado na Terapia Cognitivo Comportamental e Psicologia Positiva, ou seja, todas as pessoas tendem a fazer coisas que as levem a confirmar suas crenças. Esse fenômeno acontece também com os atletas. Assim, se um time acredita que vai perder, tem a tendência de não jogar bem, ou seja, não ter um bom desempenho, e assim, aumentam as chances de reforçar essa crença.

Vale a pena reestruturar o pessimismo em qualquer momento da vida. O otimismo favorece emoções positivas e é um dos caminhos para a potencialização da qualidade de vida e o melhor desempenho pessoal e profissional diante das diversas adversidades da vida

E MAIS…

Crenças geradas desde a infância

Em geral, meninos escutam dos adultos causas para a adversidade temporárias, específicas e externas a eles para explicar seus desempenhos escolares. As meninas, por sua vez, são alvo de críticas permanentes, abrangentes e pessoais por suas falhas relacionadas ao seu desempenho escolar. 

Otimistas apresentam desempenhos acadêmicos melhores, desempenhos atléticos superiores, históricos profissionais mais produtivos e maior satisfação em relacionamentos interpessoais.