Muitos ouviram em sua infância vários nomes cruéis por apresentarem comportamentos diferentes, como falta de habilidades sociais, dificuldades de aprendizagem, eram vistos como incapazes, antissociais.

O atraso no desenvolvimento, na fala era muitas vezes visto pelos médicos e pais como cada criança se desenvolve no seu tempo, preguiça, falta de limite, e dessa forma os sinais acabavam sendo ignorados.

As crianças foram crescendo, se tornaram adolescentes e outros adultos, cheios de dúvidas e inseguranças, por não entenderam o que sentem, seu comportamento diferente, ocasionando muitos prejuízos em suas vidas profissionais e sociais.

Os estudos foram cada vez mais avançando e com isso fomos tendo informações cada vez mais sobre o Espectro do Transtorno Autista – TEA,  as pessoas começaram a buscar ajuda e querer saber se são portadores de algum  transtorno, por se identificarem com vários sinais de alerta que estão dentro do Espectro.

Quanto mais idade o indivíduo possui mais estranho se sente, um sentimento de impotência e também negligencia de quando era mais novo. Quer saber se realmente tem o transtorno dessa maneira muita coisa vai ficar clara na sua vida.

Como lidar com tantas dúvidas

A adolescência pode ser vista como uma das fases mais complicadas, pois um ciclo se fecha e outro se abre, não somos mais crianças, mas também não somos adultos, como lidar com tantas dúvidas, emoções. Nessa fase geralmente acontecem grandes marcos, como encontrar os melhores amigos, o primeiro grande amor, o primeiro beijo  grandes momentos que marcam a vida, um misto de emoções acontecem, tudo é muito intenso, as dúvidas começam, qual vai ser a profissão, a preparação para o vestibular?

Sem dúvidas uma fase de grande impacto na vida, para o que vem depois.

No caso das crianças com autismo a preocupação é maior ainda, dúvidas como meu filho vai ser autônomo, independente, irá conseguir viver sem depender de mim, será como qualquer outro jovem? Isso dependerá do nível da gravidade dos sintomas de cada indivíduo com autismo.

Os adolescentes com autismo têm muitas questões em relação a suas habilidades sociais, tem dificuldades em entender a intenção dos outros que podem ser ruins, não percebem e com isso tem a tendência de poderem ser facilmente enganados.

Contar ou não sobre o autismo

Alguns pais optam por não contarem a seus filhos sobre seu diagnóstico de autismo, acreditam que dessa maneira os estão protegendo, pensam sempre que os filhos ainda não possuem maturidade para entender.

Porém as pessoas certamente perceberão que existe algo diferente no comportamento do adolescente, inclusive o próprio ouvira que é esquisito e percebe que é diferente de seus amigos.

A melhor estratégia é que desde a infância seja contado de forma gradativa e mais natural possível, assim o individuo com TEA vai crescendo ouvindo o termo e passa a ver sua condição de maneira mais tranquila e natural.

O trabalho na vida adulta

Assim como no estudo uma grande preocupação é autonomia do autista no trabalho, ele será funcional? Isso dependerá do nível da gravidade dos sintomas de cada indivíduo com autismo.

O mercado tem aberto mais a cabeça e as portas para o individuo com TEA, e entendido que como qualquer outro profissional é preciso identificar seus pontos fortes, é importante encontrar o que realmente gostam de fazer, com o que se identificam e serão muito bons no que fazem.

A entrevista pode ser mais complicada, pois depende das habilidades sociais, o autista vai provavelmente responder a verdade do que lhe foi perguntado e não o que o entrevistador espera ouvir.

Porém erros, falhas em entrevistas todos cometem, não acontecem somente por causa do autismo é preciso persistência, confiança e apoio para que acreditem que possam tanto quanto qualquer outra pessoa.

Não podemos subestimar a pessoa com autismo, mas sim estar ao seu lado, saber que possui o espectro vai favorecer que saiba lidar com as questões que vai enfrentar.

E MAIS…

Avanço na ciência

Sem dúvidas o avanço na ciência, a formação de especialistas, e a possibilidade de esclarecimento sobre o transtorno e seus tratamentos vem favorecendo positivamente a precisão do diagnóstico o mais cedo possível, pois a intervenção precoce aumenta em muito o progresso do tratamento, poupando assim que mais indivíduos venham a descobrir somente na idade adulta.