Aos poucos os pais começam a perceber um atraso na fala, a falta de contato visual, a sensibilidade ao barulho, seletividade alimentar, estereotipias, não dar função aos brinquedos, não brincar de forma compartilhada, falta de interação social, sinais como esse começam a despertar a dúvida. 

Pensam que pode ser porque cada criança tem seu tempo para desenvolver, o tempo vai passando e o desenvolvimento não acontece, ficam cada vez mais preocupados. O primeiro passo é levar ao médico.

 Iniciam os exames, avaliações, em alguns casos é possível fechar o diagnóstico em outros começa o processo de investigação do Transtorno do Espectro Autista (TEA), alguns no primeiro momento negam, procuram outros médicos, se recusam a acreditar. Porém percebem que a negação pode prejudicar seus filhos, começam a aceitar e seguir as orientações.

Quanto mais cedo começarem o tratamento melhor será para o desenvolvimento da criança.

Muitas preocupações e lutas

A grande preocupação é se seus filhos vão falar, interagir, desenvolver como outras crianças, se terão uma vida independente, se serão autônomos em sua vida diária.

Em alguns casos as mães param de trabalhar para cuidar integralmente dos filhos, pois gera-se uma demanda de cuidados maiores, como alimentação e as terapias.

As famílias passam por situações como ter que lutar pelos direitos de seus filhos, como a inclusão nas escolas, direito a um medidor, passagem, Loas, benefícios que poderiam ajudar no custo financeiro, contudo continuam sua luta.

Enfrentam preconceitos, tanto fora quanto dentro da família, por mais difícil que seja não desistem, são verdadeiras guerreiras.

A luta é diária para que seus filhos sejam respeitados, incluídos numa sociedade muitas vezes cruel com as diferenças.

A dedicação dessas famílias com seus filhos é admirável, o primeiro momento pode ter sido preocupante, ocorrido a negação, porém com o tempo percebem o quanto suas crianças são especiais.

A busca pela inclusão

Em alguns casos a criança pode ser excluída até mesmo pela família, outros continuam negando, o desconhecido assusta, não saber como lidar, como ajudar aquela criança em um primeiro momento pode causar reações como essas.

Começam as dificuldades na escola, que por mais que se digam inclusivas muitas não estão preparadas para receber as crianças com TEA.

  É de extrema importância que a criança tanto dentro da família como da escola seja estimulada, incluída, participe das atividades, tenha um suporte para ajudar com suas dificuldades.

A inclusão não pode existir somente na teoria, ela precisa estar na pratica, o acesso à escola e participar da sociedade é direito de todos.

O apoio da família, junto com a escola é fundamental para o bom resultado das terapias é importante que sempre exista uma troca entre ambos.

A inclusão é de extrema importância para o desenvolvimento, se a família, escola e terapeutas trabalharem em conjunto o resultado será muito mais positivo.

E MAIS…

A importância de a família conhecer sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA)

Após a negação em um primeiro momento por algumas famílias, assim que começam a entender e conhecer melhor sobre TEA, percebem que sua participação é fundamental, são uma extensão do tratamento.

Alguns começam a ler, fazer cursos se informarem cada vez mais e entenderem que em casa é preciso ter continuidade desse tratamento, assim a criança irá desenvolver cada vez mais, quanto mais estimulação for feita melhor será os resultados.

A falta de conhecimento e entendimento pode atrapalhar no tratamento, pois o local que a criança passa a maior parte do seu tempo é em casa, precisam estar alinhados com os terapeutas, buscar orientações e segui-las.

A família também não pode deixar de viver, é importante que estejam bem, saudáveis, que procurem terapia, dessa forma vão contribuir para o processo.

O conhecimento é fundamental, por isso é de extrema importância que saibam o máximo possível sobre o transtorno, as terapias devem ser continuas, a troca com a escola é de extrema importância, questões como essas são fundamentais para o bom desenvolvimento da criança.

Embora não exista cura para o TEA, o conjunto de todas essas alternativas contribuem para que as crianças possam ter uma vida diária mais autônoma.