O Dia Internacional da Mulher foi celebrado em 8 de março, uma data importante para alertar as mulheres sobre vários assuntos, incluindo a saúde mental. Trata-se de um tema cada vez mais discutida e, no caso das mulheres, a atenção precisa ser redobrada, pois, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil lidera o ranking de transtornos de ansiedade no mundo, com 9,3% da população diagnosticada com o problema. Além disso, uma pesquisa da organização Think Olga revela que 7 em cada 10 diagnósticos de ansiedade e depressão são de mulheres.
A sobrecarga de responsabilidades, a dupla jornada entre trabalho e afazeres domésticos, além das questões hormonais e sociais, fazem com que muitas mulheres estejam mais vulneráveis aos problemas psicológicos. “O ritmo acelerado da vida moderna exige muito das mulheres, e muitas vezes elas colocam a própria saúde mental em segundo plano, o que pode gerar um impacto grande no bem-estar a longo prazo”, afirma o médico Mário Luiz Furlanetto Júnior.
Prevenção
– Estabeleça limites: “Aprender a dizer não é essencial para evitar a sobrecarga. Você não precisa assumir todas as responsabilidades sozinha”, orienta Furlanetto.
– Pratique exercícios físicos: “A atividade física libera endorfina e serotonina, substâncias que ajudam a reduzir a ansiedade e melhorar o humor”.
– Priorize o sono de qualidade: “O descanso adequado é essencial para a saúde do cérebro. Tente dormir entre 7 a 9 horas por noite”.
– Busque apoio emocional: “Falar sobre seus sentimentos com amigos, familiares ou um profissional pode ajudar a aliviar tensões e evitar que problemas se acumulem”.
– Reserve tempo para o autocuidado: “Separar momentos para relaxar, meditar ou realizar atividades prazerosas pode fazer uma grande diferença na forma como lidamos com o estresse”.
Quando procurar ajuda?
Além das práticas preventivas, é importante saber quando buscar apoio profissional, identificar sintomas como insônia, irritabilidade, exaustão e dificuldade de concentração é importante. “A saúde mental precisa ser cuidada com a mesma atenção que damos ao corpo, ou seja, procurar um especialista quando necessário não é fraqueza, mas sim um passo importante para a qualidade de vida”, conclui o médico.