Para construirmos uma sociedade, uma educação para todos é necessário perguntar quem são esse “TODOS”? Estamos abertos para aqueles e aquelas que fazem a educação inclusiva na escola e no conviver da sociedade?
Se na escola e na sociedade não couber a diversidade de sujeitos, com suas especificidades, se não garantirmos uma educação de qualidade com equidade e respeito, trazendo, ofertando recursos diferentes e provendo formações continuadas de todos que compõem o espaço educacional para apreenderem a reeducar o olhar e o agir com a diversidade, estaremos criando leis para o vazio, para um TODOS que não existe.
Cada um é único
Os sujeitos são tão únicos quantos são as modalidades de aprendizagem. Respeitando tempo, necessidades e recursos de cada criança, jovem ou adulto e, acima de tudo, promovendo a construção de ambientes formativos com laços de afeto e compromisso com o ato de educar. Equidade é respeito a diversidade. Ofertar a diferença de recursos para atender as necessidades singulares, olhando para cada um como único, teceremos uma educação para todos. Pessoas são diferentes e tem direitos iguais.
Na diversidade, para a igualdade existir é necessário equidade, estimular, fazer emergir potencialidades, não com caridade, e sim com dignidade. Promovendo políticas públicas, formação de educadores, estrutura adequada para pessoas com deficiência, cuidando e acolhendo educadores e educandos.
Principalmente nesse novo momento em que todos estamos reinventando os modelos de vida e de aprendizado, é muito importante que o tema da inclusão efetiva seja colocada em pauta para que ações e modelos que funcionem possam ser vivenciados e perpetuados na educação inclusiva de crianças e jovens que merecem ser enxergados como seres humanos únicos em sua complexidade.
O que afinal é “incluir”?
Incluir é construir lugares de pertencimento, é fazer com que todos os lugares sejam espaços de luz e sol para cada ser existir em sua máxima potência, legitimidade, criatividade e humanidade. Incluir é desfazes “nós” enquanto substantivo, e reconstruir um “Nós” pronome plural refazendo laços de ligação do humano do humano, de belezura, fraternidade e companheirismo que brilham naquilo que o humano tem de mais valioso em si: a sensibilidade, a poética, a poesia de viver a vida com leveza e alegria. Deste modo, vamos investir e acreditar no Educador, no Educando e no ato de educar!