Você já parou para pensar em como a paixão age no corpo dos apaixonados? São sensações e até outros sentimentos envolvidos quando se está apaixonado. A neuropsicóloga Roselene Espírito Santo Wagner, comenta que phato, derivado de pathos, significa afecção, doença. Para o filósofo grego Aristóteles, pathos é sinônimo de paixão, ambos os termos, em sentido amplo, significando um sofrimento passivo. “Estar apaixonado é, em suma, estar adoecido. Temos a tendência de idealizar o outro e corresponder à idealização do outro sobre nós também”, complementa ela.
Roselene descreve a paixão como um sentimento humano intenso e profundo, marcado pelo grande interesse e atração da pessoa apaixonada por algo ou alguém. “A paixão vem com prazo de validade. Existe um limite de tempo para ela. Os seres humanos são biologicamente programados para se sentirem apaixonados durante 18 a 30 meses”, afirma. Complementa que a paixão possui um “tempo de vida” longo o suficiente para que o casal se conheça.
Segundo a neuropsicóloga, existem algumas substâncias responsáveis pelo amor-paixão, como feniletilamina, dopamina e ocitocina. “A neuroquímica da paixão, produzida pelo cérebro, traz comportamentos de engajamento na relação”, observa.
Por fim, ressalta que a paixão usa o aparelho perceptual, ou seja, os cinco sentidos: visão, olfato, audição, paladar e tato, sendo a visão o primeiro e mais coercitivo sentido. “Homens são mais visuais, e mulheres mais auditivas. Por isso mulheres se maquiam, se enfeitam para seduzir. E homens desenvolvem boa lábia para conquistar”, conclui.