Meu pai é uma pessoa bem agradável, mas desde que tudo seja feito de acordo com sua vontade – e isso é válido para coisas do dia a dia, como checar a conta do banco, ou coisas mais elaboradas, que exigem claramente planejamento, como decidir vender uma casa. A resposta deve ser exatamente a que ele quer ouvir, porque não aceita contestação, sob o risco de ficar nervoso e até violento. E, frequentemente, depois de uma crise nervosa, horas depois ele age como se nada tivesse acontecido e não entende porque as pessoas ficam chateadas com ele. Evidentemente que esse comportamento não é normal. Há algum transtorno psicológico que se enquadre neste perfil? O que fazer? 

Não necessariamente precisaria se enquadrar em um transtorno psicológico, mas para isso seria necessária a avaliação de uma série de aspectos da pessoa.  O que pode ser pensado aqui é o tipo de funcionamento que está presente ao se relacionar; a dificuldade em lidar com frustrações, privações e até chega a extrapolar limites, quando uma situação sai de seu controle.  Fica difícil um relacionamento baseado no medo, onde o outro não pode se colocar como sujeito. Pessoas que funcionam deste modo agem de forma impulsiva e muitas vezes não tem consciência dos atos, tem dificuldade em olhar para si próprio. A melhor forma de se relacionar com esse tipo de personalidade é não depender dela. A situação de dependência, seja afetiva ou financeira aprisiona e escoa a autoestima. Fortalecimento emocional que trará mais segurança proporcionando melhor autoestima e  autonomia  junto com a independência formam um equipamento necessário para lidar com situações como essa.