Os pesquisadores compararam as interações sociais em que as pessoas se envolveram em conversas de Realidade Virtual versus cara a cara.

Eles usaram a tecnologia de captura de movimento de rosto e corpo inteiro para criar um ‘avatar de movimento realista’ que imitava de perto sua contraparte da vida real e, em seguida, analisaram como as pessoas interagiam com os avatares em comparação com as pessoas.

Tecnologia de Realidade Virtual

O pesquisador de psicologia e comunicação, Shane Rogers, disse que os participantes avaliaram sua experiência em fatores como prazer, compreensão percebida, conforto, constrangimento e até que ponto eles sentiram que divulgaram informações sobre si mesmos.

“No geral, as pessoas classificaram a interação social em RV como semelhante à interação face a face, com exceção da proximidade, onde as pessoas tendiam a se sentir um pouco mais próximas umas das outras quando estavam cara a cara”, disse Rogers.

Embora a tecnologia de RV já exista há algum tempo, Rogers disse que este estudo sugere que o uso da captura de movimento para aprimorar a RV pode catapultá-la para nossas vidas cotidianas. “Esta tecnologia tem potencial para ampla aplicação em várias áreas, como conversa casual, negócios, turismo, educação e terapia”, disse Rogers.

Novas opções para o self

“O estudo descobriu que 30% das pessoas preferiram divulgar experiências negativas via RV. Isso significa que a terapia pode ser aberta a novas pessoas que não se sentem à vontade com as interações tradicionais cara a cara. Também pode permitir que os terapeutas conduzam a terapia de forma mais eficaz à distância, pois uma pessoa pode estar na sala do terapeuta (em realidade virtual) enquanto está sentada em sua própria casa”.

Rogers disse esperar que nos próximos cinco anos a interação social em RV se torne algo comum, em vez de um nicho. Os próximos passos da pesquisa são investigar como os aspectos do avatar (fidelidade de movimento e gráficos) afetam a experiência do usuário, bem como uma investigação mais aprofundada do potencial da RV para configurações terapêuticas.