O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade foi estudado, inicialmente, pelo médico escocês Alexander Crichton, no ano de 1798. Crichton observava doenças mentais quando percebeu que algumas crianças apresentavam o sintoma da desatenção de forma significativa, o que chamou de “desatenção patológica”.
Este mesmo transtorno está classificado pela Associação Americana de Psiquiatria (APA), no Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais (DSM-V/2014), como um transtorno do neurodesenvolvimento, cujas características principais são: desatenção, impulsividade e hiperatividade.
“Possuidor” do transtorno
Tem sido muito comentado, dentro das instituições escolares, parecendo haver uma “epidemia”, nos últimos anos. Mas devemos alertar que nem toda criança hiperativa ou desatenta padece com TDAH.
Existem outros fatores que podem levar muitas crianças e adolescentes a sofrer com alguns sintomas, como: perda de um ente querido; troca de escola; separação dos pais; metodologia educacional “engessada”; fragilização dos papeis parentais etc.
Para ser caracterizado como “possuidor” do transtorno é preciso que o indivíduo seja avaliado por um profissional da área da saúde experiente, visto que não há exames físicos que detectem o TDAH.
A criança, o adolescente e/ou adulto deve apresentar os mesmos sintomas há mais de 6 meses e em ambientes diversos, como casa, escola, trabalho.
Sinais neurológicos leves
Além da desatenção, impulsividade e hiperatividade, podem apresentar alguns sinais neurológicos leves como déficits na linguagem, na coordenação motora, na resolução de problemas, dentre outros.
Como doenças “paralelas”, denominadas comorbidades, o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade pode apresentar Transtorno Depressivo Maior, Transtorno de Ansiedade, Transtorno de Conduta.
Quando não tratado, pode ocasionar consequências graves, como acidentes diversos, delitos, brigas, uso de drogas ilícitas e baixa escolaridade.
Na área educacional, é urgente a discussão sobre o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, visto que o mesmo pode prejudicar e muito crianças e adolescentes.
Metodologia tradicional
É preciso que as instituições escolares reconsiderem sua metodologia tradicional (copista) e repensem as práticas avaliativas. O uso da tecnologia com fins pedagógicos incentiva o desenvolvimento de muitos alunos em disciplinas variadas.
O “pôr a mão na massa”(construir fazendo) auxilia significativamente os discentes com o transtorno, uma vez que, os mesmos aprenderão de forma dinâmica, movimentando-se, gastando energia excessiva que podem ter e, portanto, “driblando” a desatenção.
Por fim, podemos afirmar que conscientizar, por definição literária, trata-se de tornar consciente, de ter conhecimento sobre algo.
E para isso, é necessário ter acesso a informação e reflexão sobre tal. Devemos dialogar, repensar nossos atos, práticas e discursos. Pensar no próximo, respeitar o ser humano.