O transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento que apresenta características de dificuldades na comunicação e interação social e presença de padrões de movimentos restritos e repetitivos entre outros.
Pessoas no espectro têm uma forma diferente de vivenciar as experiências, agir e interpretar o mundo.
Além disso, uma pessoa autista pode apresentar dificuldades nas relações do dia a dia, dificuldades em lidar com mudanças na rotina e até em estar exposta a situações onde existem muitos estímulos visuais e sonoros, por exemplo. Uma das características muito presente na síndrome é a falta de Habilidades Sociais.
Compreensão de si mesmo
O diagnóstico quando tardio juntamente com a terapia, é essencial para o autoconhecimento e desenvolvimento da autonomia.
A discussão sobre o transtorno do espectro autista (TEA) na fase adulta é muito limitado, as pessoas eram vistas como tímidas, retraídas, apresentavam dificuldades de socialização.
O autismo é uma condição para a vida toda, e compreender seu funcionamento em cada fase da vida é fundamental para propiciar qualidade de vida, autonomia e inclusão social.
Avanços na conscientização
O diagnóstico tardio do autismo tem sido cada vez mais uma realidade presente na vida de algumas pessoas, devido a maior conscientização do TEA, profissionais qualificados, estudos, avanços em diagnósticos, tornando assim possível identificar pessoas mesmo que adultas que estão dentro do espectro. Porém para realizar um diagnóstico na vida adulta é diferente de quando se é criança.
A procura por ajuda para realização de um diagnóstico tardio do autismo tem aumentado, isso geralmente tem acontecido porque essas pessoas sempre se sentiram diferentes e por mais que tenham tido diagnósticos médicos continuavam sem entender porque se comportavam e se sentiam de maneira tão diferente dos outros. Alguns se identificavam com pessoas que conhecem que estão dentro do espectro, outras com personagens de séries e filmes.
Como realizar o diagnóstico tardio
Cada vez mais temos profissionais na área da Psicologia e da Psiquiatria com conhecimento sobre autismo e pode ser o início para o diagnóstico, vão realizar os procedimentos necessários como anamnese, testes, coleta de dados entre outros e se identificarem a possibilidade de estar dentro do espectro solicitarão também uma avaliação neuropsicológica.
Com o diagnóstico a pessoa pode começar a se entender melhor, buscar por mais conhecimentos, experiências e trocas contribuindo assim para uma melhor qualidade de vida por se conhecerem melhor.
Tratamento adequado
É de suma importância mesmo que tardio o diagnóstico, ele é essencial para que os autistas tenham acesso ao tratamento adequado, na maioria dos casos adultos o diagnóstico proporciona um alivio sobre dúvidas que carregaram por toda sua vida.
Busque por profissionais sérios, entender se você está dentro do espectro não vai mudar quem você é.
E MAIS…
Níveis de autismo
Atualmente, os manuais mais recentes para apoiar o diagnóstico de autismo são o DSM-5 e o CID-11. Em ambos, o autismo está dentro dos Transtornos do Espectro do Autismo (TEA).
- Transtorno do espectro do autismo sem deficiência intelectual e com comprometimento leve ou ausente na linguagem funcional;
- Transtorno do espectro do autismo com deficiência intelectual e com comprometimento leve ou ausente da linguagem funcional;
- Transtorno do espectro do autismo sem deficiência intelectual e com linguagem funcional prejudicada;
- Transtornos do espectro do autismo com deficiência intelectual e com linguagem funcional prejudicada;
- Transtorno do espectro do autismo sem deficiência intelectual e com ausência de linguagem funcional;
- Transtorno do espectro do autismo com deficiência intelectual e com ausência de linguagem funcional;
Para facilitar um pouco esse entendimento, é comum que muitos profissionais e famílias se refiram a esses diagnósticos como níveis de autismo, que são definidos como:
Em casos de diagnósticos tardios, é bem comum que a pessoa receba o laudo de autismo leve.
