Viver bem não tem fórmula, exceto fazer o que é feito numa empresa: lucro mensal. Ou seja, quanto mais bem-estar (mais prazer, menos dor, mais orgulho moral e menos culpa – claro, dentro do possível, sem mentir para si sobre estes aspectos), melhor!
Empresas fazem estes acompanhamentos semanalmente, quinzenalmente, mensalmente…
Diferentes áreas da vida
Já nós precisamos fazer um “scanner” nas diferentes áreas da vida, tal qual um indivíduo que faz check-ups anuais em termos cardíacos, hepáticos, de colesterol e por aí vai.
As pessoas precisariam analisar da mesma maneira as suas vidas se quiserem viver bem: observem a sua área afetiva, saúde orgânica, relacionamentos íntimos, profissão, moradia, alimentação, aspecto financeiro, social e convívio consigo próprio.
Ter filho para uma pessoa pode ser visto como a maior felicidade e para outro como um verdadeiro terror. Assim, cada um precisa se conhecer, dentro do possível, para antecipar melhores ou piores decisões.
Portanto, a ideia é aprender a se perguntar sobre o que é importante para você nesta fase da sua vida (que pode mudar em outro momento).
Donos da verdade
A maioria das pessoas é do tipo Jesuíta: “morte aos infiéis”. Ou seja, ou você acredita no que acredito, valoriza o que valorizo e gosta do que eu gosto ou você está errado. Em outras palavras, seria dizer: “quem não come carne, é ateu, não quer ter filhos e não ganha muito dinheiro é inferior a mim, está errado ou vive mal.”
Algumas pessoas compram as ideias (por um tempo, seja meses ou décadas) destes “jesuítas” em relacionamentos íntimos, e a maioria das pessoas criticadas por eles, frequentemente, se tornam reféns do outro, sendo que elogios as libertariam.
Por exemplo um homem que critica muito a sua mulher, facilita que ela se sinta inferior a ele, levando-a a tentar agradá-lo e ficando com ele para receber a estima buscada.
Assim, para agradá-lo, é necessário se submeter a ele. Contudo, “para cada um elogio, viriam cinco críticas”. Então, sua autoestima é mantida em baixo nível e o homem se torna o maior juiz dela, tornando-a refém dele por anos ou décadas, também chamado de “relacionamento abusivo”.
E se o cidadão for um crítico camuflado, fica ainda mais fácil manter o cárcere privado invisível, elogiando outra mulher, mas não a esposa; comparando-a com outra justamente naquilo que seria seu ponto frágil (por exemplo: ela engordou e ele a compara com a amiga que emagreceu e está mais bonita… e tantas outras maneiras).
Caso ele a elogiasse, ficaria mais fácil ela se sentir forte, interessante, atraente e mais capaz de se separar dele e achar alguém melhor. Libertando-se dele.
Balanço do que vai bem e mal
Enfim, a ideia é fazer constantemente, ao longo de toda a vida, seja quinzenalmente ou mensalmente, um balanço do que vai bem e mal nas diferentes áreas, tentando consertar o que for possível e, se não for possível, tentar aprender a tolerar. E se não for tolerável? Feche a empresa e abra outra!
Lembrando que sou ateu, não acredito em destino, nem carma e nem tampouco em outras vidas antes ou após esta. O ser humano, nestes termos, é o único real juiz de si e do outro. Por isso, aprenda a ser um bom juiz da sua vida nas diferentes áreas e das pessoas que você quiser que andem ao seu lado na sua vida.
Lembrando que grandes mudanças costumam piorar a vida antes de a melhorar…
Portanto: quanto você está disposto a se esforçar para ter uma vida com muitos momentos de felicidade e orgulho da vida vivida?