Os padrões negativos de percepção ou crença que se desenvolvem cedo na vida, como “sou um fracasso”, “sou inútil e não sou amado” e “as pessoas me rejeitarão se conhecerem o verdadeiro eu”. Pela pesquisa, os esquemas de Vergonha e Isolamento Social são os maiores fatores de risco cognitivo para a depressão.

Uma série de meta-análises mostrou que todos os esquemas mal-adaptativos iniciais eram fatores de risco cognitivos para o desenvolvimento de depressão na idade adulta. Mas aqueles com maior gravidade da depressão tendem a endossar esquemas “relacionados a sentir que não pertencem ou se encaixam, que são falhos, ruins ou inválidos”.

No geral, a depressão mostrou:

  • Pequenas associações com os esquemas de auto-sacrifício, direito e padrões implacáveis.
  • Associações moderadas com abandono, busca de aprovação, dependência/incompetência, privação emocional, inibição emocional, enredamento, fracasso, autocontrole insuficiente, desconfiança /abuso, negatividade/ pessimismo, punitividade, subjugação e vulnerabilidade ao dano.
  • Grandes associações com vergonha e isolamento social.

Do isolamento social à depressão

A vergonha é uma emoção dolorosa que envolve uma avaliação negativa potencial ou real do eu. Assim como o orgulho saudável ou a culpa apropriada, a quantidade certa de vergonha tem funções sociais úteis, entre elas alertar para mudanças de status social ou relacionamentos valiosos e pode contribuir para reduzir a probabilidade de ameaças sociais – ou seja, ser desvalorizado, rejeitado, excluído ou ostracizado.

Em contraste, a vergonha tóxica – e as necessidades cronicamente não atendidas de aceitação e pertencimento – podem desempenhar um papel no desenvolvimento e/ou manutenção de uma variedade de condições de saúde mental, como transtornos alimentares, patologia limítrofe ou narcisista e, principalmente, transtornos de humor, incluindo comportamentos suicidas.

Terapias focadas na compaixão

A pesquisa ainda descobriu que indivíduos mais propensos a desenvolver depressão tendem a:

  • Sentir-se solitário, diferente e desconectado, muitas vezes temendo que eles não pertençam ou se encaixem.
  • Acredite que eles são ruins e defeituosos – profundamente falhos ou inerentemente não amáveis ​​se expostos por quem eles realmente são.

A boa notícia é que é possível curar a vergonha através de Terapias focadas na compaixão, que ensinam os pacientes a, entre outras coisas, equilibrar os sistemas de regulação emocional , experimentar sentimentos de segurança e calor, reduzir a resistência à autocompaixão e responder à autocrítica com bondade. Já a terapia do esquema pode ser útil no tratamento não apenas da vergonha, mas também de outros esquemas mal-adaptativos iniciais e na redução do risco de doença mental.