Robbins explica que “comportamento organizacional é o campo de estudo que investiga o impacto que os indivíduos, grupos e estruturas têm sobre o comportamento das pessoas dentro das organizações, com o propósito de utilizar esse conhecimento para melhorar a eficácia organizacional”.
O campo de estudo do Comportamento Organizacional não é isolado, mas multidisciplinar, alimentado dos conhecimentos de várias ciências que se agrupam e fazem aplicativos circunstanciais dentro da realidade das corporações:
Fonte: Robbins, Stephen P. Comportamento Organizacional 18. Ed 2019. pp15
Existem várias formas de se analisar o comportamento organizacional, nos últimos anos este campo tão vasto do conhecimento avançou bastante no que cerne aos instrumentos de investigação, certamente que estes instrumentos compõe uma análise que ultrapassa o mero resultado psicométrico que a ferramenta apresenta, a junção do resultado, mais devolutiva, mais histórico funcional do colaborador e o uso de escalas e calibragens dão uma segurança maior na análise do funcionário.
Desenvolvimento de líderes
Na prática o recurso de análise do comportamento organizacional é usado de maneira consistente em processos de desenvolvimento de líderes, feito interno ou externo, no intuito de promover aceleração de resultados a partir da construção de um plano de desenvolvimento individual. Ferramentas de análise são aplicadas antes do processo de desenvolvimento e após o cumprimento do PDI que orbita em torno de um ano é reaplicada a ferramenta para entende os pontos que foram evoluídos e se chegou ao objetivo final de crescimento pessoal e profissional, certamente que tudo isso atrelado a consolidação estratégica da corporação.
Como evidenciado a prática aqui se dirige para a aceleração de performance de executivos, a partir disso precisamos olhar seu desenvolvimento sempre através de três pontos centrais segundo Robbins:
Habilidades técnicas
- Capacidade de aplicar conhecimentos ou habilidades especializadas.
Habilidades humanas
- Capacidade de trabalhar com outras pessoas, compreendendo as informações e motivando-as, tanto individualmente como em grupos.
Habilidades conceituais
- Capacidade cognitiva de analisar informações e diagnosticar situações complexas.
Múltiplas perspectivas
Além das habilidades precisamos entender o que Fred Luthans analisaram em sua pesquisa sobre o trabalho dos gestores sob múltiplas perspectivas.
“Os gestores que sobrem mais rapidamente na organização realizam as mesmas atividades e com a mesma ênfase do que os que fazem o melhor trabalho?”
Essa foi a pergunta feita nos estudos de Luthans com 450 gestores, que a princípio é extremamente rápida de resposta, porém quando refletido de maneira mais sistemática, entendemos que as coisas vão mais além que um “sim” e um “não”, elas ultrapassam e chegam basicamente na forma de fazer estas coisas.
Perfil de gestão
A pesquisa chegou nas seguintes definições para cada perfil de gestor, segundo Robbins:
- Gestão Tradicional: Tomada de decisão, planejamento e controle
- Comunicação: Troca de informações rotineiras e atividades burocráticas.
- Gestão de Recursos Humanos: Motivação, disciplina, resolução de conflitos, recrutamento e seleção de pessoal e treinamento.
- Networking: Socialização, comportamento político e interação com pessoas externas à organização.
Fonte: baseado em F. Luthans, R M. e S. A. Rosenkrant, Real Managers (Cambridge: Ballinger, 1988).
Poder de consolidação gigantesco
A compreensão do Comportamento organizacional dos gestores é fundamental para realizarmos as intervenções necessárias tanto na performance deles como na oferta de soluções de aprendizagem e crescimento, olhar a natureza do comportamento dos executivos é uma das ferramentas mais estratégicas e de um poder de consolidação gigantesco que tem impacto em todas as esferas de atuação dos executivos e em especial o tipo de desenvolvimento proporcionado deste gestor para suas equipes.