Especialistas de todo Brasil se reunirão na Universidade do Vale do Itajaí (Univali) para debater o transtorno do espectro autista (TEA) sob as perspectivas da saúde e da educação. O evento, que ocorre nos dias 13 e 14 de novembro, vai receber cerca de 600 profissionais, pesquisadores e estudantes de instituições de ensino de diversas regiões do país. Mais de 100 trabalhos científicos serão apresentados.

A programação do 1º Congresso brasileiro sobre transtorno do espectro autista: diálogos entre psicologia, saúde e educação (CBTEA) contempla debates sobre evidências científicas no contexto brasileiro e latino-americano, atualizações no diagnóstico, práticas no atendimento educacional especializado, neurodiversidade, tecnologias aplicadas na educação, protocolos de avaliação do TEA, alterações sensoriais, seletividade alimentar e direitos do autista no Sistema Único de Saúde (SUS).

Serão 24 palestrantes, entre eles, o professor da Universidade de São Paulo (USP) Francisco Baptista Assumpção Júnior e o professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Carlo Schmidt.

Pioneirismo

“O CBTEA é um evento pioneiro no Brasil, pois, além dos pesquisadores e profissionais com reconhecida experiência no tema, haverá a participação de autistas e familiares. Por meio de palestras e mesas redondas, vamos apresentar resultados de pesquisas e relatos de experiências de profissionais, trazendo informações atualizadas sobre o avanço da ciência em diferentes áreas do conhecimento”, afirma o organizador do evento e professor do Programa de Mestrado Profissional em Psicologia da Univali, João Rodrigo Maciel Portes.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) sugerem que, no Brasil, há dois milhões de casos de TEA. Entretanto, os especialistas consideram que o número pode ser superior. “Não temos uma estatística oficial do número de casos no Brasil. Mas a realidade de outros países, os estudos científicos e os diagnósticos em constante crescimento mostram que o transtorno aumentou consideravelmente na última década. E são justamente os resultados desses estudos que o evento visa compartilhar. Muitas pessoas ainda têm visões equivocadas sobre a condição, o que pode levar a estereótipos e discriminação. Precisamos educar a sociedade sobre o autismo e esclarecer equívocos comuns”, complementa o professor.

O evento é organizado pelo Programa de Mestrado Profissional em Psicologia e pelo Mestrado em Saúde e Gestão do Trabalho da Univali em parceria com o Departamento de Saúde Mental da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e o Grupo Gradual de Intervenção Comportamental. Tem o apoio da Fundação de Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).

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