O tempo é único. Um dia tem 24 horas para todos. Mas por quê para alguns passa tão depressa? E muitos até dizem que na infância o tempo demorava a passar, as férias pareciam longas. O que há de diferente. Quem faz muitas coisas ao mesmo tempo, modo multitarefas não vê o tempo passar. Enquanto aquele que absorve o tempo, aprende, sente-se como a criança curiosa e desfruta de cada momento. Outros vão se ressentir mais velhos do tempo que perderam. Sim, aproveita bem do tempo. Para o que medita, para aquele que contempla a natureza, sente cada momento, o tempo não passa depressa.

Como isso funciona o meditar para resolver e trazer tantos benefícios com tão pouca coisa? Pois é! Os orientais descobriram primeiro e vivem melhor há muitos anos. São mais tranquilos, longevos e sabem apreciar cada tempo e o que vier. Desfrutam melhor a jornada da vida. Que bom que a meditação chegou no ocidente para ficar.

Meditação, uma prática diária

A meditação é uma prática simples de aquietar a mente através da respiração e de prestar atenção ao momento presente. O agora. Ficar presente e sentir-se ali respirando e observando a si mesmo sem julgamento. Deixar que seus pensamentos venham e que possam ir embora sem que você fique preso a nada. Apenas soltando sua mente e sentindo mais do que pensando. O foco fica na respiração e no seu corpo. Esse ato da atenção na respiração ativa áreas específicas do cérebro.

Apesar de ser uma prática que vem ganhando espaço na vida cotidiana das pessoas, ainda há muitas dúvidas de como fazê-la. Tais como: mas como parar de pensar? Meditar precisa parar de pensar? Impossível! Ninguém fica sem pensar. A meditação nos ensina a observar o agora, o que acontece agora. Não é parar de pensar, mas, sim, diminuir a velocidade do pensamento, pois colocamos o foco nas sensações físicas.  E ficamos ali, sentados ou deitados observando o presente momento em silêncio. A mente vai ativando a área pré-frontal do córtex do lado esquerdo. Ficamos mais focados, atentos e descansamos o cérebro além de organizá-lo.

Pesquisas avançam

Nos estudos feitos tanto por Deepak Chopra no Centro Chopra, bem como nos estudos de Jon Kabat-Zinn em seu Centro Ômega, há inúmeros experimentos e pesquisas já feitas que revelam os benefícios da meditação. Eu tive a oportunidade de ir a ambos lugares e ver de perto a seriedade e conquistas já realizadas nestes lugares.  Richard Davidson, professor e neurocientista da Universidade de Madison, EUA, teve a oportunidade de estudar o cérebro de um monge tibetano famoso, Matthieu Ricard, por convite de Dalai Lama. Dalai queria que todos soubessem como era o cérebro de uma pessoa mais feliz e altruísta. Pois Richard Davidson, na época, estudava o cérebro de pessoas depressivas. Foram feitos estudos de radio imagem, além de coletar seu sangue e fazer testes para ver imunidade e sua saúde.

Os resultados foram fantásticos e têm entusiasmado a classe médica com uma nova medicina – a preventiva. Estes últimos estudos revelaram que a meditação pode aumentar o tamanho dos telômeros em até 40%, isso quer dizer que podemos rejuvenescer em até 40 % as células de todo o corpo.  Em 2008, Elizabeth Blackburn ganhou o Prêmio Nobel por esta maravilhosa descoberta. Além disso, viram que a partir do momento em que você começa a meditar, você ativa os genes de desinflamação em seu corpo. Diminuindo doenças inflamatórias como diabetes, cólon irritável, alergias, enxaquecas e até mesmo diminuindo compulsões alimentares e vícios, em geral. Eles observaram que há um predomínio da renovação celular boa, o que ajuda na prevenção de doenças mais graves como o câncer.  Além disso, melhora o sono, diminui a ansiedade, depressão, e hábitos viciosos. Ativa a memória, criatividade e traz mais foco no que precisa ser feito. Diminui a hiperatividade nas crianças. Diminui as fobias e o pânico também.

Medite! Desfrute bem a vida, mas desacelere… Curta o tempo… A vida deve ser vivida nos pequenos detalhes, e o bonito é sentir a jornada.

E MAIS…

Como meditar? 

São inúmeras as maneiras e cabe a você escolher a que mais se sentir confortável. O importante é saborear seu momento presente. Desfrutar do silêncio que fará em sua mente. Sem se preocupar se está pensando e no que está pensando. A mente não para. Mas podemos desacelerar o ritmo e sentir um pouco mais da jornada. O nosso caminhar, o nosso olhar e sentir se tornam mais aguçados e nossa mente se acalma. Com isso nós ganhamos equilíbrio e saúde mental.

Busque fazer da meditação um hábito diário. Meditar no mesmo horário, usar uma posição que mais lhe agrada. Tanto faz se for deitado ou sentado, ou seja, precisa ser o melhor a você naquele instante.  E claro, pode fazer de olhos abertos ou fechados. De olhos fechados tem menos estímulos, por isso recomendamos. Mas se quiser ficar apreciando uma paisagem bonita pode também.

No princípio é aconselhável seguir meditações guiadas por aplicativos que, hoje, são muitos. Ou simplesmente ficar quieto em silêncio ou ouvir uma música suave. Reservando pelo menos 10 minutos por dia. O ideal é pelo menos uma vez ao dia por 15 a 20 minutos. Basta ficar em silêncio, sentir o momento presente e sem julgamento de seus pensamentos.