É muito comum falarmos entre nós, que é bom testemunhar uma pessoa com mais de noventa anos com perfeita saúde física, participando numa festa, tomando vinho e cerveja e se mantendo firme e forte!
É claro que é bom presenciar uma pessoa mais velha que está bem e presente num encontro! Mas fica a pergunta? Quais foram os movimentos do espírito desta pessoa?
Ou seja, quais foram as vivências estéticas durante a sua vida? Participou das infinitas maneiras de manifestação cultural na música, nas letras, na ciência, filosofia, na política ou na busca da harmonia social pela qual o máximo de indivíduos pôde expressar seus surpreendentes movimentos internos?
Sim, temos muitas perguntas em nossa existência
Que desenhos originais esta pessoa realizou? Quais foram seus empreendimentos com impactos positivos para a comunidade? Quais foram as novas cores que esta pessoa revelou em suas iniciativas?
Não importa a fama ou o quanto de dinheiro juntou! Estamos aqui apenas para sobreviver? Para enriquecer? Para seduzir e copular?
Ou será que a “Grande Ordem Imanente ao mundo”, abriu a possibilidade de que um ser se tornasse consciente de si mesmo, chamando de Eu a si mesmo, e podendo ampliar infinitamente a contínua criação?
*A Grande Ordem Imanente ao Mundo se revela quando percebemos que cada fato se relaciona organicamente com outro e é acessada sempre pelos cientistas que buscam a compreensão dos fenômenos pela observação de que estes fenômenos se apresentam por sua permanente interrelação que faz com que tudo funcione complementarmente, muito além do que nossa consciência ainda pode compreender!
Tudo está sempre em movimento
Um fato incrível é que hoje, até todo nosso alimento, é resultado da atividade humana. Plantamos e colhemos alface, tomate, legumes, frutas e tudo o mais que comemos. Além dos animais que usamos também para nossa alimentação. Raramente encontramos na natureza algo para nossa alimentação! Por isso afirmamos que o ser humano se diferencia e se coloca perante a natureza por sua autoconsciência!
Não é emocionante participar das atividades humanas, com paixão e amor real, para que cada criança, cada jovem e os adultos, convivam com a permanente alegria de criar novas coisas, novos movimentos, outras danças, o teatro e a permanente construção de uma vibrante cidadania que aumente constantemente nossa capacidade de amar o próximo?
Como compreender nossa tão pequena capacidade instintiva, essa postura difícil que é ficar de pé sobre duas “patas” e, afinal, ter que lutar tanto para apenas sobreviver?
E MAIS…
Observemos então nossa Organização neuro sensorial e autoconsciência
Por que tivemos um desenvolvimento tão extraordinário de nossa organização neuro sensorial, chegando à autoconsciência e podendo criar novas iniciativas continuamente?
Será que é para chegarmos aos noventa, ou cento e vinte anos de idade, para continuarmos a tomar nossa cerveja e compartilhando bobeiras o dia inteiro?
Ou temos um outro propósito?
Qual seria?
