Estudo desenvolvido no Laboratório de Pesquisa da Memória do Instituto do Cérebro (ICe) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em colaboração com o Instituto de Neurociências Edmond e Lily Safra e o Departamento de Fisiologia da UFRN, mostrou que uma proteína chamada mTOR (pelo seu nome em inglês mammalian target of rapamycin ou alvo mecanístico da rapamicina), responsável pelo regulamento do crescimento e da proliferação celular através do controle da síntese de proteínas, é capaz de modular a expressão do Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF), proteína essencial para manter reprimidas as memórias aversivas. O trabalho, realizado em ratos, demonstra que a evocação da memória de extinção ativa a mTOR na região CA1 do hipocampo dorsal, e comprova que a inibição dessa proteína impede a persistência da memória de extinção, efeito revertido pela administração de BDNF recombinante.

Os resultados sugerem que manipulações farmacológicas que modulam a sinalização da mTOR e do BDNF podem ser utilizadas como adjuvantes para melhorar a reelaboração psicoterapêutica do trauma. A pesquisa foi publicada no Learning & Memory, um fórum que investiga questões de aprendizado e memória.

Fonte: Neuro UFRN