A felicidade é uma opção de vida! Não existe opção para o amanhã. Temos que viver o agora! Todas as felicidades e realizações que os homens cobiçarem só se farão existir no agora. No instante do agora o tempo dá uma parada e nós nos submetemos a uma atualidade que nos projeta ao arrebatamento íntimo, deixando-nos totalmente em paz, jubilosos com o efeito mágico dessa assimilação. Nada se encontra mais perto de nós do que o agora, entretanto, tudo também pode fugir de nossas mãos sem percebermos, uma vez que, mínimos segundos nos arremessa às memórias de tempos passados ou às imaginações de nossa sorte futura. Quem de nós já não pronunciou frases como estas: “como o dia passou tão depressa!” ou “vinte e quatro horas é pouco para um só um dia!”

Comece a perceber as impressões do agora no seu corpo. Enquanto a mente estiver estagnada no passado ou no futuro o corpo se conservará no agora e a conectividade das emoções do agora com o seu corpo transportará a consciência para um espaço de tempo atual.

O que pensamos diariamente é inconscientemente levado para o passado ou para o presente, em consequência da nossa distração. Entretanto, é no tempo presente que encontramos nossa essência divinal, energia esta, que impulsiona e anima o nosso ser. A partir do momento em que nos sintonizamos com o agora, nossa atenção é deslocada para o interior do nosso intelecto, afastando-nos completamente dos tempos futuros e dos tempos remotos, que são incentivadores do nosso caos mental. Deste modo, colocamos em transição nossa plena natureza, sem limites, sem entraves e sem tempo predeterminado. Em decorrência deste fato, façamos nossas as palavras de Buda: “O segredo da saúde mental e corporal está em não se lamentar pelo passado, nem se preocupar com o futuro, nem se adiantar nos problemas, mas viver sábia e seriamente o presente.”

Por efeito dessas considerações, não é necessário que você fique à mercê de alguém ou esperando algum acontecimento para descobrir sua felicidade. Você tem que ser feliz agora! Aguardar as promessas do futuro só fará desencadear emoções negativas como as expectativas ansiosas, o estresse provocado pela sobrecarga mental e a desilusão.

A ação do agora

Não precisamos aguardar uma ocasião especial para que incorpore todas as qualidades concebíveis para sermos felizes, pois que, tal oportunidade jamais acontecerá. Em nossas vidas não há espaços para ociosidades. Sempre haverá algo a fazer em prol da nossa felicidade, e essa realidade é exatamente o que contribui para que não desistamos diante das dificuldades da vida. Nada obstante, é essa força que estimula nossas células a desenvolver a potência divina.

Opte por ser feliz, entretanto, seja responsável por essa majestosa manobra! Todos nós já tivemos diversas experiências de vida, já atingimos vários objetivos, já refletimos inúmeras vezes antes de tomar decisões, já tivemos diferentes formas de sentimentos. Tudo isso aconteceu no agora! Coisa nenhuma adveio de tempos anteriores e coisa alguma advirá em tempos posteriores. Tudo o que concebemos como tempos anteriores não deixa de ser apenas lembranças armazenadas na memória do agora, que aconteceu em tempos remotos. No futuro, o que pode acontecer é uma projeção mental ou um agora cogitado. Inequivocamente, somos levados a crer que tempos anteriores ou tempos posteriores não foram reais. Todavia, na verdade, a chamada “realidade” destes tempos sempre será a única ação do agora.

A sincronia da mente

Essencialmente, a natureza destes dados não é percebida de imediato pela mente. No instante em que sintonizamos a natureza dessas informações, há uma combinação no padrão normal da consciência que, espontaneamente, repele o ponto convergente de ondas eletromagnéticas da mente, desviando totalmente para o ser, o tempo do agora. Assim sendo, tudo se torna real, vibrante, procedente das energias do universo.

Nesse intervalo em que ainda estamos inaptos para intermediar a grande potência do agora, o que resta à memória é aglomerar os detritos sentimentais de variados tipos de sofrimento de reações afetivas, provocadas por situações ruins ou desagradáveis.

Essa carga de sofrimentos motiva uma concentração de energia que preenche as cavidades desocupadas da mente e de toda estrutura corpórea. Esse sofrimento que não enxergamos a olho nu tem suas peculiaridades inerentes e verdadeiras. Ele pode até assemelhar-se a um bicho de sete cabeças, mas, na verdade, não passa de insignificante enigma ante os problemas do mundo. Em contrapartida, não podemos fechar os olhos para que ele prepondere sobre nós. Somos portadores da essência divina, da fonte de elevação que o Alto nos oferece. Assim, fica mais simples de o observarmos e, se possível, expurgá-lo quando pressentirmos sua esfera de energias negativas em nosso interior.

Potencial de consciência

É nesse momento que colocamos à prova o nosso potencial de consciência. Intitulamos esse fato de “assistência divina.” Quando exibimos, pelo menos, parte dessa consciência sob o âmbito positivo, torna-se muito difícil do sofrimento se infiltrar. Ele perde sua força e acaba sendo vencido pelo poder da nossa consciência, todavia, para isso, é necessária a sintonia com as energias positivas que abrangem o universo e a concentração no seu potencial divino, instalado no seu ser.

Quando registramos um momento, não quer dizer que seja somente para atender a uma obrigação, compreende também, dar atenção aos fatos ocorridos anteriormente, com o propósito de não nos equivocarmos constantemente. O mais importante neste tempo é elaborarmos as metas não atingidas e nos dedicarmos decididamente a atingi-las no agora. Mesmo nos dedicando exaustivamente, reconheceremos que ainda não poderemos atuar sem um indicador que relembre o tempo passado e o tempo futuro, porém, o momento atual, o presente, o agora, prevalece como causa intrínseca e principal, já que, toda iniciativa vinda de cenas do tempo passado restringe-se no presente.

E MAIS…

O tempo bem-sucedido

Não é difícil entender porque a maioria das pessoas bem-sucedidas está sempre feliz. Porque será que a felicidade só bate na porta destes? É óbvio que os bem-sucedidos tiveram mais conhecimento do tempo “agora” que os demais! E, além disso, permanecem empregando o tempo corretamente sem deixarem que o tempo “psicológico” os pressione.

Embora estejam empregando esse tempo de maneira correta, deve-se ter o cuidado de não transpor o tempo dessa marcha, porquanto, o comportamento preocupante e excessivo de elevar-se cada vez mais, de realizar façanhas impossíveis, de ser dono de tudo, pode cair na armadilha da ganância. Nesse caso, torna-se necessário que tenhamos cautela. É preciso também arraigar-nos ao campo natural do “agora”. Se não notarmos frequentemente o brilho da lua ou o cintilar das estrelas, das flores dos jardins ou do azul do mar, estaremos longe da essência universal que se manifesta em tudo, a todo instante, no “agora”. É sempre conveniente sabermos que nossa posição em presença da vida não está sujeita necessariamente ao que se passa ao nosso redor, e sim ao que se passa dentro de nós.