A famosa “Síndrome do Fim de Ano” atinge quem se vê imerso em uma verdadeira corrida contra o tempo, tentando cumprir todas as obrigações, atender a expectativas sociais e ainda fazer com que tudo se encaixe nas festividades.
A agenda parece se expandir de forma impossível. A cada dia, surgem compromissos de trabalho, reuniões de última hora, confraternizações de final de ano e, claro, a pressão das compras de Natal.
Ansiedade acumulada
A sensação de que o ano está acabando e que precisamos resolver tudo antes da virada aumenta a ansiedade. Para muitos, o acúmulo de tarefas e responsabilidades gera um estresse crescente, que é alimentado pela cobrança de fazer tudo “perfeito” — desde a decoração da casa até a escolha do presente ideal.
Ao mesmo tempo, as ruas se enchem de aglomerações, tanto de pessoas nas compras de Natal quanto nos preparativos para a grande festa de Ano Novo.
A multidão, o barulho e o movimento acelerado do comércio podem gerar desconforto e até sensação de claustrofobia em quem já está sobrecarregado emocionalmente.
Cobranças sociais
As reuniões de fim de ano, ao invés de serem momentos de descontração, muitas vezes se tornam uma cobrança implícita por um comportamento social impecável, pela felicidade forçada nas fotos e risadas ensaiadas.
E como se isso não fosse suficiente, há o peso das expectativas. O Natal, simbolizando a união e a alegria, pode acentuar a sensação de solidão de quem não tem com quem compartilhar os momentos especiais ou de frustração por não poder realizar as tradições esperadas.
Já o Ano Novo chega com a promessa de renovação, mas, para muitos, a pressão por mudanças imediatas e promessas que nem sempre podem ser cumpridas só aumenta a ansiedade.
Saúde mental afetada
Em meio a tanta correria, muitas pessoas se veem sem tempo para cuidar de si mesmas. A saúde mental é a primeira a ser afetada por esse turbilhão de atividades.
O estresse, a fadiga emocional e até mesmo a depressão sazonal ganham força, com o agravante de que, enquanto o mundo ao redor parece celebrar, muitos sentem que estão longe de atingir o padrão de felicidade imposto socialmente.
Por isso, é importante reconhecer que o fim de ano não deveria ser sinônimo de exaustão. Procurar desacelerar, encontrar momentos de pausa e refletir sobre o que realmente importa pode ser uma maneira saudável de passar por essa época.
A prioridade deve ser o bem-estar, respeitando os próprios limites e dando espaço para o autocuidado. Lembrar que as festas e as expectativas não precisam ser perfeitas e que a verdadeira celebração está na conexão genuína consigo mesmo e com os outros pode ser o primeiro passo para transformar a “Síndrome do Fim de Ano” em um momento mais leve e agradável.