O Dia Nacional do Diabetes, lembrado hoje, dia 26 de junho, traz o alerta para o aumento de casos dessa doença não só em adultos, mas também em crianças e adolescentes.
Isso ocorre principalmente pelo consumo de alimentos industrializados e o comportamento sedentário.
A diabetes frequentemente é acompanhada pela obesidade e deve ser tratada desde o início para evitar problemas futuros.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2025, o número de crianças com sobrepeso e obesidade pode chegar a 75 milhões. Atualmente, dados apontam que pelo menos 41 milhões de menores com idade abaixo de cinco anos no mundo estão obesos.
Doença afeta um conjunto de coisas
E essas consequências acarretam problemas secundários. A obesidade, por exemplo, gera também prejuízos emocionais e psicológicos.
O combate a obesidade e a diabetes tipo 2, ligada a maus hábitos alimentares, está na prevenção. Nos primeiros anos de vida, a variedade e a forma com que os alimentos são oferecidos influenciam a formação do paladar e a relação da criança com a alimentação.
A criança que come alimentos saudáveis e adequados quando pequena tem mais chances de se tornar uma pessoa adulta consciente e autônoma para fazer boas escolhas alimentares.
O ponto crucial é tentar manter o padrão alimentar o mais saudável possível.
O intestino é o segundo cérebro
A má alimentação e a falta de atividades físicas trazem problemas para o intestino, que acaba acarretando um desequilíbrio em todo o corpo. Contempla também problemas psicossomáticos de ordem emociona e psicológica.
Sabemos que o intestino está intimamente ligado a neurotransmissores cerebrais. O mau funcionamento do mesmo traz uma série de descompensações, que podem levar até ao surgimento de uma depressão.
Deve-se também ter cuidado com a qualidade do sono, que pode impactar a saúde física e mental e vice-versa.
Distúrbios psiquiátricos, como ansiedade e depressão
Ao modular o ambiente intestinal, a nutrição pode diminuir a inflamação, aumentar a síntese de serotonina, atuando na prevenção e progressão de distúrbios psiquiátricos, como ansiedade e depressão.
A falta de sono também propicia o aumento da glicemia no sangue. Quem dorme mal, deixa de produzir hormônios essenciais para o controle da saciedade.
O estresse causado por uma noite mal dormida é capaz de elevar os níveis de cortisol, que dificulta ainda mais o controle glicêmico dos que já são diabéticos.
Ana Paula Cony, nutricionista da Clínica Neurovida