Muitos professores não se sentem preparados para receber as crianças atípicas, a escola juntamente com o professor enfrenta esse desafio, porém o professor é o principal responsável ´para promover esse contato inicial, desenvolver atividades e promover interação com os colegas.

Dessa forma percebe-se que o grande desafio é pensar em uma educação para todos, sem discriminar e atender a todas as diversidades, é preciso possibilitar um caminho alternativo para que as crianças possam alcançar o aprendizado e façam parte ativamente da turma.

  É preciso lembrar que toda criança tem necessidades e comportamentos únicos, muitos desafios podem ser encontrados na educação inclusiva, no caso do autismo por exemplo a maioria está relacionada ao comportamento e a comunicação. Os professores precisam ter conhecimento para serem capazes de superar os desafios da inclusão de crianças atípicas.

O papel do professor no processo de inclusão é extremamente valioso e determinante, é o professor que via determinar como deve ser feito o processo de aprendizagem, como dará suporte as crianças suas demandas, quando um professor assume uma sala de aula a responsabilidade de ensinar é dele.

Vamos falar algumas das características que podem ser encontradas no Transtorno do Espectro Autista – TEA e interferirem no processo de inclusão:

Atrasos no processamento cognitivo

Os atrasos não podem ser barreiras tanto no aprendizado quanto nas interações sociais. Ao chamar a criança com TEA o professor deve esperar seu tempo sem pressioná-la é preciso entender e respeitar seu tempo que é diferente dos demais.

A intervenção precoce, pode ajudar em muito as crianças para progredir com seu atraso cognitivo e permitir que alcancem os marcos de desenvolvimento cognitivo esperados para idade e a escola faz parte desse processo .

Dificuldades na percepção sensorial

Alguns dos sintomas encontrados estão relacionados a questão sensorial, uma criança com TEA que tenha sensibilidade ao barulho, toque, texturas, sabores, podem ficar irritadas e desconfortáveis ao mínimo sinal barulho. O professor deve conversar com a criança e procurar entender o que lhe causa o desconforto.

Dificuldade nas interações sociais

Outra característica que interfere na inclusão é a falta de habilidades sociais, a dificuldade m interagir com os colegas e o professor em sala de aula, contudo a sala de aula é o local propicio para adquirir e praticar as habilidades.

A criança por ter dificuldades de interação social não consegue expressar suas emoções e como reagir às do outro. O professor de certa forma é um mediador e com o passar do tempo, com seu incentivo, estimulo vai propiciar a ampliação das habilidades sociais dentro do ambiente escolar.

As possibilidades para inclusão

Muito se fala em inclusão das crianças atípicas, porém é importante entender que incluir não é apenas colocar a criança em sala de aula com outras crianças típicas e deixa-la ali.

Como demonstrado acima é de extrema importância o papel do professor, ele precisa estar capacitado, ter conhecimento do assunto, de técnicas, possibilidades que possam ajudá-lo a receber e incluir as crianças atípicas:

A inclusão deve ir além da presença na sala de aula, precisa acontecer no momento da aprendizagem, criar uma metodologia diferenciada tendo em mente que cada criança é única.

Suporte e apoio ao professor

A escola também precisa dar suporte e apoio ao professor para que ele consiga desenvolver da melhor maneira possível a inclusão das crianças atípicas, não podemos deixar somente na teoria, a pratica precisa ser devidamente feita.

Essa inclusão deve ser além da escola, o apoio da família e profissionais que atendam a criança fora da escola é de extrema importância, podem realizar trocas que contribuem para o desenvolvimento da criança.

No dia – a – dia, com a prática pedagógica, especialistas, família, o professor vai ter elementos para superar os desafios da inclusão.

É importante o conhecimento do TEA, mas nuca deixando de receber cada criança como única, respeitando suas dificuldades e acreditando em sua capacidade e suas habilidades.

A inclusão está muito aquém do que deveria e merecem nossas crianças

E MAIS…

As crianças devem se sentir mais pertencentes

Infelizmente o que temos visto é o despreparo de muitas escolas, não se atualizam, não capacitam seus profissionais, dizem que são inclusivas, porém as crianças só estão ali na sala de aula, acabam cometendo diversos erros, não ampliam aprendizagem das crianças e nem suas habilidades sociais, assim perdendo um precioso tempo de estimulação enquanto são menores, gerando assim mais atrasos para suas vidas.

Muitas das vezes se acredita que a inclusão é resolvida com o aluno em sala de aula, com um segundo professor, porém é preciso mais, capacitações, infraestrutura, a escola e os professores precisam estar preparados, para que possam acolher de forma mais natural e adequada as crianças, para que assim se sintam o mais pertencentes possíveis ao local.