Por que precisamos falar sobre saúde mental com muita seriedade?

O tema da saúde mental está em alta desde o mês passado, quando muito se falou sobre o Setembro Amarelo, campanha que surgiu alguns anos atrás para trazer conscientização para este grave problema.

Durante o mês de setembro, profissionais da saúde mental e psicológica se unem para trazer esclarecimentos sobre o tema, afinal, ele se tornou urgente com os dados alarmantes do aumento nos números de tentativas de suicídio em diversas idades.  

Estatísticas alarmantes

Todos os anos milhares de pessoas tiram suas próprias vidas ao redor do mundo. Infelizmente, os índices de suicídio crescem com o passar dos anos. No Brasil, as estatísticas apontam para a impressionante marca de um suicídio a cada 45 minutos. Ou seja, são 16 brasileiros que perdem a vida todos os dias por conta de comprometimento emocionais e outras variáveis que levam as pessoas a se matar.

Traumas emocionais

Sabemos que existem algumas causas comuns que levam pessoas a está atitude extrema. Depressão, ansiedade, bipolaridade (e outros transtornos mentais), problemas familiares, amorosos e financeiros, feridas e traumas de cunho emocional, abuso de substâncias como álcool e drogas, diagnóstico de doenças incuráveis e processo de bullying (principalmente entre adolescentes) estão no topo daquelas causas mais comuns.

Todos esses fatores podem ser variáveis que incomodam o potencial suicida e provoca vulnerabilidade e instabilidade emocional por vezes notadas antes mesmo da derradeira decisão de se matar.

Mudanças comportamentais

Pessoas que sofrem (tantas vezes em silêncio) por estas e outras questões, via de regra mostram mudanças comportamentais perceptíveis por quem convive de perto com a pessoa. Agressividade, tristeza aparente, isolamento, intolerância, desilusão e desesperança são alguns dos sentimentos mais comuns. Isso não significa dizer que toda pessoa que se sente assim, queira tirar a própria vida. Mas, muitas vezes esses são sinais.

Neste sentido, campanhas como o Setembro Amarelo deveriam ser campanhas de todos os meses do ano. Ou seja, discutir e difundir o conhecimento sobre a saúde mental/emocional deveria ser algo constante.

A campanha do Setembro Amarelo é linda e deve continuar, mas meu sonho é que todos nós entendamos de um vez por todas que precisamos quebrar tabus e paradigmas que certamente farão as tristes estatísticas mundiais sobre o suicídio ter uma queda exponencial. Fale da vida, fale da vida emocional. Respeite, acolha.

Tabus sociais

A falta de entendimento do assunto, é um agravante que termina por favorecer tabus sociais e pessoais relevantes cuja consequência é a falta de acesso aos cuidados psicológicos necessários. Assim como tantas outras iniciativas que se pautam no debate da saúde mental. E ter uma data como o dia 10 de outubro que marca o Dia Mundial da Saúde Mental, traz a reflexão de que muito ainda tem que ser feito, mas o caminho está sendo percorrido com seriedade.