No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Alzheimer, estima-se que 1,2 milhão de pessoas vivem com alguma forma de demência. O Ministério da Saúde informa que a prevalência da doença em pessoas com 65 anos ou mais é de 11,5%.
O Alzheimer é uma enfermidade degenerativa do cérebro que provoca a perda de funções cognitivas (memória, linguagem, planejamento e habilidades visuais-espaciais), e sua causa é a morte das células cerebrais.
Os primeiros sintomas podem ter início alguns anos antes dos familiares perceberem que o idoso está com demência. Podem ser esquecimentos simples, como troca de nomes, repetição de uma mesma história várias vezes e mudança de comportamento ou comportamento não adequado.
Diversas fases
A doença manifesta-se através de uma demência progressiva, que aumenta sua gravidade com o tempo e os sintomas começam lentamente e se intensificam ao longo dos anos, limitando as pessoas nas suas atividades diárias.
Quanto antes se iniciar o tratamento, procurando ajuda de um neurologista, melhor será para retardar o avanço da doença. Um diagnóstico precoce é fundamental e tem como objetivo retardar o agravamento.
Durante os anos após o diagnóstico, o paciente vai passando por diversas fases – estágios inicial, intermediário e avançado. A velocidade com que isso vai acontecer depende de cada caso. Se a pessoa inicia um tratamento precoce, ela ainda vai ter qualidade de vida durante alguns anos.
Progressão contínua
A progressão acontece de forma contínua e a maneira de se passar pelos estágios, normalmente, não é rápida se a pessoa recebe tratamento adequado.
Estudos demonstram que o risco de Alzheimer é maior entre as mulheres, por viverem mais.
Não há como afirmar se é hereditário, apesar de algumas famílias terem mais de um caso da doença. Algumas medidas podem ser adotadas para que se previna o aparecimento da demência. São elas: exercitar o cérebro aprendendo coisas novas e estudando, ter uma vida social saudável, dormir bem, ter boa alimentação, praticar exercícios físicos, ir ao médico regularmente, não fumar e beber com moderação.
Quadro clínico
Até o momento ainda não existe um método que permita um diagnóstico preciso da doença de Alzheimer. Ele ainda é feito pela identificação do quadro clínico característico e pela exclusão de outras causas de demência, além de exames laboratoriais e de imagem do cérebro.
O tratamento da doença consiste em medicação e atendimento profissional multidisciplinar. Alguns fármacos são usados para retardar a perda de memória e outros para controlar o comportamento, pois muitos pacientes ficam deprimidos ou agressivos.
O atendimento multidisciplinar é realizado por profissionais da área de neurologia, clínica médica, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e nutrição. A doença é progressiva, aumenta sua gravidade com o tempo e os sintomas começam lentamente e se intensificam ao longo dos anos.
Ter conhecimento sobre a doença faz com que o familiar se prepare para as etapas do processo de demência encarando as dificuldades de maneira mais prática.
O cuidado com o cuidador
É importante alertar, que junto com os doentes, cresce também o número de familiares cuidadores que possuem sua rotina afetada pela doença.
É comum o cuidador desenvolver doenças originadas pelo estresse. Além de vários problemas físicos, esse familiar pode apresentar também depressão, exaustão, insônia, irritação e falta de concentração.
São problemas tanto físicos quanto psicológicos. Isso ocorre devido à sobrecarga de tarefas com o doente que aumenta com a evolução do quadro.
Por isso o cuidador deve tentar aliviar o estresse diário tendo um sono reparador, praticando atividades físicas, tendo um momento só para si, encontrando os amigos, meditando, exercitando a espiritualidade e se preciso for, participando de grupos de apoio.