Essa pós- modernidade está inserida em uma fase cultura do capitalismo, sendo o consumismo seu modo de funcionamento. Novas perspectivas então surgem a partir daí, como o apelo à sexualidade, a ditadura da beleza e da felicidade e essa obsessão com o olhar para o corpo.

É preciso entender então essa clínica dos excessos e atender essa nova demanda que nos é apresentada, onde o sujeito se vê hiper individualista e acaba vendo no consumo uma forma (equivocada) de compensar seu vazio existencial. Esse vazio, que, precisamos aprender a lidar, pois faz parte de nós.

O desejo e o prazer

O desejo e o prazer são as palavras de ordem nesse contexto e constitui como ideal de felicidade e bem estar, ou seja, o importante nesse cenário é ter, satisfazer-se.

Até que ponto isso está nos afetando direta ou indiretamente? Neste tempo pós-moderno existe o imperativo do prazer, esse tal consumismo aparece para mascarar uma angústia existencial.

Conseguimos perceber também, muitas pessoas, principalmente do gênero feminino com baixa auto-estima, um sujeito ligado ao êxito social, onde o ser acaba sendo colocado em segunda instância. Um sujeito que usa as compulsões, sejam elas por jogos, comida, comprais, abuso de drogas, álcool, inúmeras são as formas que esse sujeito utiliza para preencher um vazio, essa falta que lhe angustia. E as consequências disso?

Manifestação autodestrutiva

O suicídio representa o máximo da manifestação autodestrutiva, a forma que esse sujeito acaba encontrando para aliviar sua dor emocional: Pensamento de deixar de existir.

Através das patologias atuais, podemos perceber que esse sujeito contemporâneo acaba glorificando o eu e sua existência e aqueles que “fracassam” acabam se percebendo em transtornos como depressão, síndrome do pânico, dependência química.

Então, é com esse sujeito que a psicologia clínica precisa trabalhar, necessitando para isso do conhecimento de outras disciplinas para tentar dar conta da emergência do sujeito pós-moderno. O que esse sujeito quer nos falar sobre suas dores, seu sofrimento e sua forma de agir diante delas?

Sujeito contemporâneo

O sujeito contemporâneo é um sujeito com sofrimento intenso e que não sabe como lidar com suas questões, ao mesmo tempo que no seu imaginário precisa dar conta de tudo, não querer sentir, não querer sofrer e assim utilizar de meios de fugas para que essas dores e esse sofrimento não apareçam, pelo menos de forma tão evidente. Pois o corpo reage, pede socorro, faz aviso e então, esse sujeito se vê diante de seus principais monstros.

Estou trazendo esse assunto em pauta, pois precisamos refletir sobre esse costume de necessitar de tudo, querer tudo e desejar tudo, além de tentar viver TUDO.

Essa intensidade excessiva que nos choca, que nos agride, pois viver exclusivamente no princípio do prazer nos acarreta danos emocionais e nesse momento a terapia / análise entra como suporte fundamental para esse sujeito de HOJE!

E MAIS…

Lidar com seus medos

O medo faz parte da nossas vidas, costumo dizer para meus pacientes que o medo precisa estra ali, mas ele tem duas formas de ser vistos por nós, nos paralisando ou nos impulsionando.

Sabe aquela frase clichê de que: Vai com medo mesmo. Mas ter um espaço para elaborar suas dores mais profundas é importante demais.

Procure ajuda caso não esteja conseguindo lidar com seus medos, suas dores e suas questões sozinho(a).